Ontem passei na Feira do Livro de Lisboa. Já lá vou há uns anos e tento ir pelo menos para dar uma espreitadela ao ambiente. Achei um pouco mais pequena, mas mantém a essência. A Praça Leya continua pequena para tantas sessões de autógrafo e a da Porto Editora está bem planificada, mas prefiro ver as editoras mais pequenas. Os Alfarrabistas também fazem parte da pesquisa. Desta vez não trouxe livro nenhum, resistindo à tentação de 3 ou 4 que vi. Mas gostei muito do momento na Biblioteca itinerante.
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Junto do pavilhão das Bibliotecas municipais, está estacionado uma velha citröen que serviu de biblioteca nos anos 60 até final dos 80. Isto contado por uma senhora que me observava a desenhar a carrinha. Percebi isso e no fim fui falar com ela e mostrar o desenho. A primeira coisa que me disse foi se queria vê-la por dentro. Disse que sim. E que esperasse que estavam 2 actores a usarem-na como camarim. Assim que saíram, fui conhecer a biblioteca. Os livros expostos (cerca de 650) mostravam as coleções que percorriam os bairros de Lisboa e que vieram acrescentar mais valor às bibliotecas de jardim, que não conhecia.
A D. Josefa, explicou-me mais alguns detalhes, mantendo uma alegria a falar sobre o trabalho que desempenha. Os olhos brilhavam, enquanto falava de todas as pessoas que tiveram acesso à literatura em tantos anos. Adorei a visita, o momento e ainda me deu mais prazer ter desenhado a velha citröen.