Na altura estava com 15 ou 16 anos e mexeu comigo. Toda a atmosfera quente e húmida do cenário. Os diálogos com muitas conotações baseados num excelente livro de Jorge Amado "Tieta do Agreste".
Estou a ler outro livro dele "Gabriela, cravo e canela" e toda a construção dos personagens é brilhante. O tempo do cacau, dos jagunços, das intrigas em pequenas cidades da Bahia.

A novela Tieta também tinha os seus mistérios (a mulher de branco que atacava os homens de noite nas ruas era um deles...) e um enredo com personagens que deram aos actores, representações fabulosas. Lembro-me da Joana Fomm e Betty Faria, como 2 irmãs completamente opostas e que tornaram as actrizes famosas no Brasil e em Portugal.
Para um país como Portugal que ainda estava muito inibido, uma novela sobre a vinda da filha pródiga, rica do negócio da prostituição e que volta à cidade de Santana do Agreste mexia com a mentalidade dos casais e famílias que assistiam aos episódios diários.
Confesso que alguns episódios me deixaram a transpirar e produziam excelentes cenários para os sonhos.
Não me posso esquecer de outras novelas brasileiras que "ferveram" nesses anos: Roque Santeiro, Guerra dos Sexos e Vereda Tropical.
Não vale a pena transmitirem novamente. O ambiente que proporcionou a excelente recepção dos portugueses, já não existe hoje. Estão datadas mas nas minhas memórias adolescentes.
Recomendo ver alguns pedaços da novela no Youtube e o inovador, para a época, genérico da novela. Além do nu da mulher que mais tarde se tornaria famosa.
1 comentário:
Elisaaaaaaaaa....
Enviar um comentário