sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O Pai do Calvin gosta do Inverno!

Só mesmo o pai do Calvin para gostar deste tempo frio e chuvoso. A mim custa-me muito andar com tantos casacos, chapéus de chuva, sapatos molhados e o frio matinal antes do duche. Este cartoon é para os que gostam dos Outonos e dos Invernos.
Parabéns ao blog do Calvin e do Haroldo (no Brasil, o Hobbes tem este nome.) que faz 3 anos e de onde tirei este quadro.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vendendo oferecendo.

Novos estilos de vendas vão surgindo. A wook (ex-webboom) agora quer oferecer um milhão de livros a quem se registar na página da livraria virtual. As pessoas vão verificando se os livros que pretendem comprar surgem com o aviso de desconto de 100%. É uma excelente ideia para cativar as pessoas para conhecerem o novo site. Li a notícia no Público e como sempre há comentários aprovadores e reprovadores. No entanto acho que a ideia vai um pouco de encontro às ideias do uso dos cartões como nos postos de combustíveis e nos supermercados. A oferta de descontos que só podem ser usados em compras futuras, obriga a uma fidelização dos clientes um pouco forçada. Uma pessoa vai e compra e depois fica com descontos por gastar e acaba por voltar lá. Em vez de ir para a concorrência, o cliente vai continuando a consumir no mesmo.
A ideia da wook poderá ter pernas se as pessoas não se fartarem de estar constantemente à espera do tal livro que terá o desconto pretendido, poderá também “entupir” o acesso com tanta procura. Eventualmente, alguns ficarão fans do site e deixarão de ir a outros.
Uma boa política de vendas e que são benvindas depois da queda do gigante Byblos, com outra visão de vendas e marketing. O pensamento e a escolha do potencial cliente são sempre incógnitas.

Istambul, cenário fantástico

Hoje, enquanto via mais um documentário da fantástica série sobre os subterrâneos de algumas cidades do mundo, no canal História, lembrei-me dum filme do James Bond.
O documentário era sobre os magníficos túneis e catacumbas do antigo palácio do Imperador Constantino na cidade de Istambul, na Turquia. A cidade tem vindo a ser redescoberta com escavações para a rede de metro e com equipas de arqueólogos a revelarem maravilhas da arquitectura romana, bizantina e otomana. Um conjunto de subterrâneos que fascinam que passa por aquela bela cidade entre a Europa e o Médio Oriente.
Lembrei-me então do melhor (para mim!) filme da saga do James Bond, ainda com o Sean Connery e a "soviética" Tania Romanova, interpretada pela italiana Daniela Bianchi. O cenário de Istambul é o tabuleiro de xadrez em plena guerra fria, na disputa entre os serviços secretos ingleses, soviéticos e a rede criminosa, spectre.
A espionagem dos consulados é feita por debaixo da cidade, mostrando um enorme reservatório de água no qual James Bond chega ao consulado russo. O filme é excelente e é um clássico do cinema de espiões da guerra fria. Em 1963, o tema estava no topo, até que actualmente o terem de adaptar para as novas formas de criminalidade e sem aquela imagem "romântica" da espionagem entre Ocidentais e os países da cortina de ferro.
Fica a motivação para um dia visitar essa bela cidade e talvez conhecer os seus subterrâneos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Dar informações a turistas!


Já me tem acontecido algumas vezes nas ruas de Lisboa. Não sei se é a minha aparência ou a minha atitute, mas muitos turistas vêm ter comigo a pedir informações. Sei que quando estamos em sítios estranhos procuramos caras vagamente familiares ou de alguma confiança e
pedimos informações. Não me aborreço nada com estas questões e acabo por me sentir bem por ter ajudado alguém numa cidade que eu adoro.
Noto que Lisboa, recebe cada vez mais turistas e durante todo o ano. Não é estranho ir no metro e ouvir falar inglês, francês, italiano ou alemão. Também alguns espanhois.

Há umas semanas atrás, entrava no metro da linha azul e uma senhora francesa de meia-idade olhou para mim e pergunta-me como deveria ir para o Rossio. A grande dúvida dela eram as cores das linhas. Expliquei-lhe e lá foi sempre a olhar para o nome das estações.

Outro caso semelhante foi com um português, que pelo sotaque seria minhoto (adoro aquele sotaque!) me perguntava se entrando no Terreiro do Paço iria conseguir chegar ao Jardim Zoológico. Disse-lhe que sim. Ele, mais satisfeito, agradeceu e disse que estava a preparar a volta para o dia seguinte. Que gostava de andar
prevenido e que já fazia muitos anos que não ia lá.

Eu que me oriento muito bem em Lisboa, por ruas e bairros, tive um desafio há uns tempos atrás com a pergunta de uma senhora espanhola que me perguntou do nome da avenida que fica de frente aos Jerónimos e passa pelo CCB. Boa pergunta! Penso que pouca gente deverá saber, pois todos usamos os pontos de referência para explicar aos turistas e não pelo nome das ruas. Qual é mesmo o nome da avenida?

Uma vez tentei explicar a 2 italianos que apenas falavam a própria língua, sobre locais de diversão noturna em Lisboa. Imaginam o meu esforço... e em italianês!!
Um serviço excelente em Lisboa são os guias turísticos da Lisbonwalker. Boa pesquisa, caminhadas e passeios pelos bairros e pela história da cidade. Acho que isto é serviço público e uma mais-valia para esta cidade. Que a ideia contamine as cabeças de pessoas interessadas nas várias cidades portuguesas ricas em história e beleza.

sábado, 15 de novembro de 2008

Aguaviva - Los poetas andaluces de ahora



"Los poetas andaluces de ahora" é uma música que ouvia na rádio, na Antena 1 e que achava diferente. Primeiro porque em Portugal, não passam muita música espanhola e depois por ter um texto muito poético. Descobri que esta canção é cantada por um grupo de grande sucesso dos anos 70, os Aguaviva. Não sei se era a moda dos grupos grandes, como tivémos a Brigada Victor Jara, mas mantiveram-se, com algumas alterações, numa formação que funcionou e ainda funciona ao longo de quase 40 anos. Deixo a letra da canção:
Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
Qué miran los poetas andaluces de ahora?
Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
Cantan con voz de hombrepero, dónde los hombres?
Con ojos de hombre miranpero, dónde los hombres?
Con pecho de hombre sientenpero, dónde los hombres?
Cantan, y cuando cantan parece que están solosMiran,
y cuando miran parece que están solosSienten,
y cuando sienten parece que están solos
Qué cantan los poetas, poetas andaluces de ahora?
Qué miran los poetas, poetas andaluces de ahora?
Qué sienten los poetas, poetas andaluces de ahora?
Y cuando cantan, parece que están solos
Y cuando miran , parece que están solos
Y cuando sienten, parece que están solos
Y cuando cantan, parece que están solos
Y cuando miran , parece que están solos
Y cuando sienten, parece que están solos
Pero, dónde los hombres?
Es que ya Andalucía se ha quedado sin nadie?
Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?
Que en los campos y mares andaluces no hay nadie?
No habrá ya quien responda a la voz del poeta,
Quien mire al corazón sin muro del poeta?
Tantas cosas han muerto, que no hay más que el poeta
Cantad alto, oireis que oyen otros oidos
Mirad alto, vereis que miran otros ojos
Latid alto, sabreis que palpita otra sangre
No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo encerrado
Su canto asciende a más profundo, cuando abierto en el aireya es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres
Y ya tu canto es de todos los hombres (bis)
Autor: Rafael Alberti

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cartazes de cinema e o Photoshop

Quando passo no metro, tenho visto um cartaz do filme "Ensaio sobre a cegueira". O cartaz parece-me estranho. A figura principal com a foto da actriz Julianne Moore parece desenhada e demasiado branca. Fiz uma pesquisa e encontrei uma das cenas desse filme, em que ela segue na frente a guiar uma série de pessoas. A foto que arranjei era diferente do cartaz. A mesma posição, mas alguns pormenores tinham sido alterados. Já não é a primeira vez que alteram fotos para os cartazes, as revistas masculinas fartam-se de fazer pequenas alterações nas fotos para tornar as mulheres muito mais perfeitas. Mas neste caso, é curioso, os truques que utilizam para enaltecer ou esconder determinados pontos que interessa ao promotor do filme, expor ao possível espectador do filme.
Neste foto do cartaz, os mamilos da actriz que sobressaíam debaixo do casaco de malha, foram apagados. O contrário encontrei noutros filmes.
A Actriz Kate Hudson ficou muito contente com a imagem do cartaz em que surge em bikini com o peito muito salientado. A actriz ficou surpreendida com o resultado, pois o seu peito é diminuto. Outra actriz com um peito muito semelhante é a Keira Knightley, cuja alteração para o filme sobre o rei Artur, ficou com uma pose guerreira de arco e flecha e também mais apelativa. Até a barriga ficou muito mais disfarçada.
A função dos cartazes é realmente vender um imaginário sobre o filme em si. Tal como nos cartazes dos circos que percorrem as nossas cidades e vilas, são enaltecidas qualidades e imagens que na realidade são muito mais normais.
Há quem coleccione cartazes de cinema, alguns umas verdadeiras obras de Arte com o uso de cores e posicionamento de imagens, mas alterar o físico dos actores e "enganar" o futuro espectador e levá-lo a ver um filme, usando esses pequenos truques é sinal destes tempos.
Dá uma ideia de que os filmes se vendem pela embalagem e não pelo conteúdo.
Se as pessoas deixam de ir ao cinema e optam por ver em casa, arranjam-se filmes ainda mais espectaculares, em 3D, visualmente muito estimulantes, mas fraquíssimos em argumento.
Pode sempre ser um passatempo de "descubra as diferenças" entre a embalagem e o conteúdo. Ao menos prestam atenção ao filme...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A propósito da castanha assada...

A propósito da castanha assada que por estes dias cheira pelas ruas das cidades portuguesas, lembrei-me de uma iguaria Nordestina. Nas praias do Nordeste brasileiro, há pessoas que circulam com uns pauzinhos, a fazer uma espetada de queijo.
O queijo é o chamado queijo de coalho. Tem um sabor mais acentuado e mais salgado. Tem uma textura excelente para grelhar. Leva no fim uns oregãos ou melaço de cana, conforme pedido do freguês.
Por aqui, a castanha assada atrai os turistas e alguns portugueses que conseguem esquecer o preço (2 euros a dúzia) e seguem a tentação de provar a bela castanha e o seu cheiro característico.
É curioso ver como em diversas cidades do mundo se servem algumas delícias nas ruas que fazem parte da tradição.
Aqui a tradição modificou os carrinhos de assar castanhas que agora são todos em inox. No Brasil, o engenho e a arte da pessoa determina o formato e a performance da grelha improvisada que corre as praias durante o dia.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Les Oiseaux du Maitre

Sabendo que o Festival de BD da Amadora é dedicado à ficção científica este ano, chamo a atenção para uma obra de 2 grandes autores de BD, Pierre Christin e o desenhador, Jean-Claude Mézières.
Criaram uma obra "Agente Valerian" e a sua Laureline em 1967 e continuam a sair novos títulos. Comecei a colecção há uns anos e faltou-me sempre um dos primeiros.
Esgotado há muitos anos, "Os pássaros do senhor" é uma obra que anseio que seja reeditada em português. A qualidade do desenho é excelente e a imaginação para criar novos mundos e novos seres é sem igual.
Visto que a meribérica faliu e a Asa ficou com a BD, espero que dêem destaque a esta obra, tal como o têem feito com obras como "Blake e Mortimer".

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