quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 - O Futuro!

Hoje é o último dia do ano de 2009. Amanhã começa uma nova década.
2010 é um número redondo para um ano que promete sempre mais que o anterior. Não terá tantas efemérides como este que acaba. Os acontecimentos mais marcantes na História, são sempre num ano 9. A chegada à Lua em 1969, a queda do Muro de Berlim em 1989, a inauguração do metropolitano de Lisboa em 1959 e a saída da Lua da nossa órbita na série "Espaço 1999".
Assim, 2010 é um ano de que não se espera muito, apenas de continuidade e sem grandes obras públicas. Teremos um Campeonato do Mundo de Futebol na África do Sul e de resto, pouco deverá fazer diferença em relação a este ano.
O ano que iremos estrear já foi título de um livro de ficção científica de Arthur C. Clarke. No seguimento da história passada no futuro de 2001. Neste livro, a aventura continua com as viagens no espaço, para investigar acontecimentos estranhos em Saturno. No filme de 1984, com o mesmo nome, a viagem era até Júpiter, porque era complicado fazer os anéis de Saturno.


Olho para isto e imaginar que 2010 foi o futuro fabuloso de outros tempos. Os escritores das décadas anteriores imaginavam viagens no espaço, tudo vestido de igual como no "Star Treck" e cidades cheias de carros voadores.
Para mim o futuro ainda é o do filme "Blade Runner". Uma confusão de pessoas de várias raças a viver em cidades cada vez mais cheias, trânsito caótico, clima todo descontrolado e montes de tecnologias a acompanhar-nos no quotidiano.
2010 já não será o futuro que todos esperávamos há 20 ou 30 anos, mas continuará progressivamente a desenvolver. O livro seguinte do escritor inglês que viveu o resto da vida no Sri Lanka, chama-se "2061: Odissey Three" e essa é a data para qual aponto o futuro, tal como nos filmes. Pelo menos dá tempo para a humanidade visitar Marte e montar uma cidade na Lua.
Para maior garantia, o último livro, foi escrito em 1997 e chama-se "3001: The Final Odyssey". Há muito tempo para o "Futuro".

Feliz Ano Novo 2010 para todos!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Viajantes - Robin Esrock e Julia Dimon

Tenho assistido a um programa sobre viagens no National Geografic - "WordTravel" - com 2 escritores de viagens, tal como se definem. Robin Esrock, sul-africano de 34 anos e Julia Dimon, canadiana, percorrem em cada episódio, um país e relatam diferentes aspectos desse mesmo país. Por vezes fazem o mesmo percursos, ele procura uma vertente mais aventureira e radical e ela uma mais cultural.
A personalidade de cada um dá o tom de cada reportagem e assisto aos medos, curiosidades e diversões dos dois. O que diferencia este programa das outras centenas que existem sobre viagens, é que eles assumem que apenas procuram assuntos para escrever na sua coluna do jornal. Passamos o episódio todo a vê-los fazer apontamentos nos cadernos e a actualizar os textos no computador, mas a simpatia e o modo fresco como os descrevem, dá vontade de os ler.
Não é fácil encontrar assuntos interessantes para escrever e numa altura que há tantos livros, revistas, viajantes e escritos de viagem, apresentar algo de diferente é muito complicado, especialmente evitar os clichés. Por mim, gosto da simplicidade e da cumplicidade entre eles.
Conheceram-se na localidade de Koycegiz, na Turquia, enquanto viajavam nas suas voltas ao mundo e trocaram impressões sobre as viagens de cada um. Agora têm este projecto de uma produtora canadiana que é visto um pouco por todo o mundo e que lhes permite continuar no que adoram.

A equipa portuguesa Nomad poderia fazer uma série portuguesa com os seus correspondentes nos vários continentes, incluindo o Gonçalo Cadilhe na África do Sul e Namíbia.
Fica a ideia. Patrocínios precisam-se.

Links:
http://www.juliadimon.com/
blogue da Julia: http://www.thetraveljunkie.ca/
 
http://www.nomad.pt/default.htm

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Grande Reportagem de volta!

Ontem em conversa ao almoço, falávamos do Miguel Sousa Tavares e seus comentários n'A Bola. O meu colega dizia-me que ele vai recomeçar na SIC e escrever no jornal i. Achei curioso e fui pesquisar. Como gosto do jornal em questão pelo seu formato, layouts e entrevistas procurei saber de que forma é que o MST irá participar. Mais umas crónicas como no Expresso? A ideia parece, passa por assumir a edição de 4 a 6 páginas no jornal com reportagens de fundo, conforme divulgação. Mais um desafio para um jornal que se procura afirmar pela diferença e uma experiência renovada para o escritor.

Lembrou-me a revista "Grande Reportagem" de que eu gostava, que segundo notícia do Público, também se prepara para regressar em 2010. Uma excelente revista que faz falta no mercado que cada vez mais se especializa.
Aproveito para recomendar um livro e uma revista:
O livro "Grande Reportagem" é da Oficina do Livro e junta uma série de excelentes trabalhos de grandes repórteres.
A revista é a espanhola "Altäir", difícil de encontrar, mas tem grandes reportagens sempre sobre um determinado país a cada 2 meses.
A ver se corre bem o projecto num jornal que tem surpreendido pela positiva e uma revista que renascerá no próximo ano e que espero com bastante expectativa.

O meu agradecimento a este blogue de onde retirei a capa da revista.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Gostei deste livro.

Acabei de ler um livro que me emprestaram. "Os Jardins de Luz" do escritor libanês Amin Maalouf. Gostei do livro, o primeiro que li deste autor.

Baseado na história do profeta, pintor e médico Mani, que viveu no século II da era cristã e trouxe uma nova forma de olhar as religiões da época. Agregou pensamentos de Cristo, Buda e de Zaratustra. Procurou um equilíbrio entre a Luz e as trevas.

O livro condensa grande parte da vida do profeta na sua juventude, na sua ascensão como conselheiro dos Reis do Império Sassânida, actual Iraque e na sua morte. As suas viagens pela Ásia não são descritas, apenas referidas.

Grande capacidade de argumentação e em poucas palavras encontrava o termo certo para convencer o Poder nas suas decisões, contrariando o clero da religião Zoroastra.

Fico com a sensação que ele passou ao lado de uma grande carreira. Arrastou multidões, mas a sua insegurança e abstenção na tomada de posições, revelava grandes fragilidades para convencer os descrentes ou adversários. Os seus escritos desapareceram, os seus pensamentos perderam-se no tempo.

Com a queda do Rei que o protegeu, a sua morte foi logo desejada pelo herdeiro que usurpou o trono do irmão. O clero ganhava espaço e acabava com um problema.

Revi muito nessa história a actualidade do mundo. Ontem via o presidente americano Barack Obama receber o Nobel da Paz e percebo que ele irá ter de optar por seguir uma via "Americana" de ver o mundo. Também ele sabe discursar bem e convencer alguns, mas os que sempre dominaram não descansarão enquanto não encontrarem pontos fracos.

Quero ler mais livros deste autor, especialmente um sobre as Cruzadas vistas pelos árabes. Há muito por aprender na História que se reflete nas atitudes de hoje.
 
Foto: Imperador romano Valeriano submete-se ao Rei Sassânida Sapor I. Tirada daqui.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Um sorriso e uma voz

Fico em casa à pesquisa na Net enquanto o céu lá fora está cinzento e as notícias avisam-nos de mau tempo e alertas amarelos em alguns distritos. Fico a ouvir a entrevista do Carlos Vaz Marques na TSF com uma cantora basca que resolveu arriscar no Fado, cantado em espanhol. Romper tabus, mexer com a tradição e experimentar. Agrada-me a entrevista de Maria Berasarte cuja mãe galega a espicaçou para cantar a música tradicional portuguesa.

Procuro por imagens, entrevistas e reparo naquele sorriso que concilio com a sua maneira de falar, em português com sotaque. Simpatia, amor por Portugal e Espanha e uma paixão pelo Fado por influência dos pais. Acho que irei arriscar na compra do CD de estreia "Todas las horas son viejas" e ouvir esta voz, que me fez companhia numa tarde de vento e chuva.
Se para os espanhóis, nós somos hermanos, porque será que para os portugueses, eles são apenas nossos vizinhos? Gosto destas fusões que vão surgindo, em especial, na cultura. O que vou dizer, muitos portugueses não concordam, mas andamos há muito separados. Não sendo necessário uma união formal, mas apenas deixarmos de estarmos as costas. O passado está lá atrás não podemos andar a arrastar questões de invasões e escaramuças. As pessoas que têm irmãos também andam à porrada quando são miúdos e depois se apoiam e ajudam em adultos.
Quanto a mim, a Maria Berasarte ganhou um fã. A ver se todos nós nos conhecemos melhor e o que podemos contribuir para que isso aconteça. Afinal, as línguas são parecidas e não precisamos de esperar até 2018, para apenas realizar um campeonato do mundo de futebol em conjunto.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Desenhos do Sketchcrawl Barreiro 2

Mais uns desenhos da zona antiga do Barreiro. O Largo que surge era o centro político, administrativo e social do Barreiro até ao início do século XX.
Alguns pingos de chuva caíam e ajudaram a fazer uma aguada no desenho da estátua.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

25º Sketchcrawl no Barreiro

No sábado, dia 21, marcámos presença no 25º sketchcrawl. O encontro no Barreiro juntou 5 pessoas com apetência para o desenho. A manhã manteve-se sem chuva e possibilitou uns belos desenhos pelo Barreiro Velho.
Agradeço a presença do Davi e da Júlia, da Sandra e do Monteiro que tornaram este encontro bem agradável.
O Davi e a Júlia são de São Paulo, neste momento a viver em Paris e em passagem por Portugal quiseram participar. Um abraço especial a eles!
Irei colocar os desenhos nos próximos posts.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

25th World Wide Sketchcrawl no Barreiro

No próximo de 21 de Novembro, irá realizar-se mais uma maratona de desenho mundial. Faz 5 anos que o desenhador Enrico Casarosa promoveu o primeiro Sketchcrawl para convívio entre desenhadores urbanos. Por ocasião, do 25º encontro, estou a promover o primeiro encontro deste género no Barreiro.
O encontro é junto à estátua do Alfredo da Silva, perto do mercado 1º de Maio, no centro do Barreiro. Há muito por desenhar num sábado com todo o movimento das compras e dos passeios. Espero que não chova.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Depois de 20 anos, não se aprendeu nada!

Lembro-me da queda do muro, tinha 15 anos e na altura não percebi muito bem o que se passava, o significado de toda aquela festa. Ninguém conseguiria prever todo o desenrolar de acontecimentos.
Soube agora que o derrube do muro, que hoje faz 20 anos, foi por mero erro do porta-voz do governo da RDA ao referir-se que as fronteiras estariam abertas nesse momento. Esse momento foi ao final da tarde, à noite já estavam de picaretas a mandar o muro da vergonha abaixo.
28 anos durou aquela linha que separava os bons dos maus, conforme o ponto de vista, de quem via do Leste ou Oeste. O simbolismo da queda é hoje relembrado, mas fica apenas uma festa bonita no centro da Europa.
Em pleno século XXI continuam experiências com muros um pouco por todo o mundo. Parece que ninguém aprende com estes exemplos históricos e voltam a fazer os mesmos erros. Até os Estados Unidos estão a fazer um muro na fronteira com o México.
Estudem a história do Muro de Berlim, vejam as consequências nas populações que sofrem com as separações, com os problemas diplomáticos, com as dificuldades económicas nas transacções entre países.
Um muro por maior, mais alto, mais protegido, não trava os anseios de quem fica aprisionado e todos os dias vê aquela barreira estúpida e irracional. Seja por túneis, por escadas, por contrabando, por corrupção dos guardas fronteiriços, haverá sempre pessoas a sofrer para ultrapassar aquela barreira. Para uns é tapar os olhos à miséria e os famintos que estão do outro lado, para outros é o acabar das esperanças por um lugar melhor para viver e trabalhar.
Muros em Israel e na Palestina (acho curioso a frase que lá colocaram)
entre os EUA e o Méxicoou mais recentemente entre a Índia e o BangladeshE para quê este esforço? E se um dia, os norte-americanos precisarem de refúgios no México para milhares de pessoas? Terão uma barreira na fuga. A história é feita de ciclos, mas, nós temos memória curta e esquecemo-nos de olhar para os exemplos de trás. O Expresso mostra o mapa mundo com todos os muros.
20 anos passam sobre a queda de um muro, mas os estragos ficaram na cabeça de quem viveu esses dias e agora tem de se adaptar. Recomendo um filme excelente sobre isso "Adeus Lenin".
Fotos daqui, daqui, daqui e dacolá.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A chuva também é bela

A chegada da chuva no Outono também pode ser bela.
Seleccionei alguns momentos em que a chuva torna determinada cena de um filme uma opção de estética, de reflexão ou de expectativa.
Este é o meu top 5. Em especial a cena da morte do Blade Runner... Adivinham os outras cenas?

As cenas saíram daqui, daqui, daqui, daqui e dacolá.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Flauta de Rão

Saiu mais um álbum do Rão Kyao. Vi-o numa entrevista do programa "Bairro Alto" na RTP2 e procurei por temas antigos na Net. Coloquei este, porque me lembro do teledisco (ainda se chama assim?) e no final dos anos 80 era muito à frente. As imagens do flautista a pensar que estava em forma e o puxar do exotismo da Índia. Aqui é natural, porque o tema é de semente indiana.

Gosto do tema. Evoca as viagens e o Oriente. Gosto muito mais de um tema desta altura chamado "Travessia" que também se enquadra muito bem numa banda sonora de viagens.

Sobre o novo álbum é o regresso ao êxito que teve com Fado bailado, na altura em saxofone. Tocar clássicos do fado em flauta fica muito bem, mas está no fio de se tornar música de elevador. Com sensibilidade e experiência, o Rão deve conseguir apresentar um bom trabalho.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Farmville - Agricultura com os amigos

Desde que entrei para o Facebook tenho visto montes de peditórios, ser fã de tudo e diversas aplicações para saber que já fui César, sou um realizador como...
Há uns tempos surgiu o Farmville e tem sido uma loucura. Penso que neste momento tenho uns 60 gifts dos meus vizinhos e tenho de arranjar tempo para cultivar a horta. Poucas vezes vou lá e felizmente tenho vizinhos que me amanham o terreno. Há muito que não via um vício apanhar tanta gente. Facilita os contactos entre amigos e dá tema para conversas e piadas.
Bem, vou ver se trato das 2 ovelhas que precisam de tosquia...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Capas dos Livros

Cada vez gosto mais das capas dos livros. Há uma preocupação cada vez maior com o design e a estética das obras literárias. Quando vamos a uma livraria, no meio de tantos, há alguns que saltam à vista, que apelam ao nosso impulso de leitura. A capa é a primeira impressão e quando o miolo acompanha em qualidade, a compra é quase garantida.

Lembrei-me deste assunto depois de ter visto o top das piores (algumas) capas de sempre em Portugal. Podem votar no blog da Livraria Pó dos Livros, que recomendo.
A primeira capa é de um livro de David Byrne que será editada pela Quetzal em 2010. A segunda é de um livro do Dinis Machado, "Dennis Mcshade" para a literatura policial.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vamos aprender a escrever e-mails com a Maitê

Mais uma achega para ajudar nas relações Portugal-Brasil. Sabemos tanto deles como eles de nós. Mas acho que nós sabemos mais à conta das novelas.

No Youtube está um video da actriz/escritora Maitê Proença que aproveitou a estadia no nosso país para fazer uns filmezinhos sobre curiosidades de Portugal e mostrar aos compatriotas do programa feminino "Saia justa". Goza um pouco connosco, mas os brasileiros adoram gozar com o nosso país. O facto de confundirmos o Tejo com o mar, mas os dois estão logo ali, a arquitectura dos jerónimos que é do rei D. Manuel. Os que eles adoram dizer Manuel.

A gaffe maior partiu da parte dela quando falou sobre a impossibilidade de enviar e-mails quando estava hospedada num hotel e não havia técnico informático para a acudir. Mas as amigas do "Saia justa" receberam um mail a dizer que ela não conseguia enviar. Foi uma gaffe que ela justifica com o facto de estar no nosso país. A coisa mais estúpida fui cuspir junto de uma fonte. Se procurava imitar a fonte, mais valia ter bebido alguma água e lavado a língua das coisas parvas que dizia. Enfim, diferenças culturais. Também sei que em Portugal os brasileiros são vistos como malandros e as mulheres, bem pior, mas não podemos definir um povo inteiro por alguns exemplares.

Não levei a mal, a intenção era boa, pena que não tenha humor nenhum.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cansado das eleições.

Farto, farto de campanha! Felizmente que é o último dia. Já não posso com a distribuição de panfletos diáriamente. Os cartazes iguais de todos os partidos. Foram todos feitos pelas mesmas agências de comunicação? O formato repete-se sempre com o candidato a presidente de câmara ao lado do candidato à assembleia municipal ou a versão lado-a-lado com o candidato a presidente da junta. Trabalho ao pé de uma sede de campanha da CDU. Por estes dias oiço a música da campanha deles a toda a hora. Já tenho a música na cabeça constantemente.
Qual o objectivo disto tudo? Vencer-nos por exaustão?
Eu não escolho por oferta de uma caneta ou por um panfleto com textos enormes carregados de clichés e slogans gastos. Puxem pela imaginação. Cativem o eleitor de uma maneira inteligente e didática.
No fim, acabamos por escolhê-los pela cara ou pela postura. Uns de fato e gravata e outros de pólo e jeans. Qual deles o mais profissional? Qual o mais simpático?
A partir de segunda já não aturo mais hinos. Agora só em 2011...

sábado, 3 de outubro de 2009

Rio de Janeiro 2016

Eram 4 que se torciam para ganhar, mas foi o Rio o vencedor.
Ontem, o Rio de Janeiro tornou-se a primeira cidade da América do sul a conseguir realizar as Olímpiadas de 2016. Parece ficção-científica, mas foi a melhor candidatura para o Comité Olímpico. A cidade de Chicago foi a maior perdedora mesmo com o apoio do Obama. Nem à final chegaram, que a decisão ficou-se pelo vencedor e Madrid.
Madrid seria uma excelente hipótese, até para a economia portuguesa, mas o vencedor justo é mesmo o Rio de Janeiro que apresenta um vídeo promocional bem bonito e ritmado.
Quem quiser ver o futuro e visualizar o projecto pode ir ao site oficial.

Quanto aos logotipos:
Toquio - o mais feio. Parece o canto de uma moldura ou um nó. As cores parecem de um tecido descosido.
Chicago - Típico. Gasto e parece o símbolo de Los Angeles 1984, com a estrela.
Rio de Janeiro - O coração é uma boa ideia, mas não gosto da combinação das cores. Ainda mudarão algumas coisas. Veremos como sairá a mascote.
Madrid - O melhor. Gosto das cores e da mão a mostrar os 5 continentes e símbolo de saudação. Com o M a surgir no centro. Fica para 2020.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"O dia em que a baixa de lisboa deçapareceu"


Em altura de eleições autárquicas coloco aqui uma BD sobre Lisboa. Vamos ver como a campanha António Costa vs Santana Lopes decorre.

O italiano Giorgio Fratini também é um apaixonado pela cidade e este pedaço de imaginação, mostra bem isso. Já havia referido este autor num post anterior. Gosto muito dos desenhos dele, especialmente os edifícios.

Podem admirar mais trabalhos aqui.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Mafaldinha é que percebe!

Hoje faz 45 anos que surgiu a pequena Mafalda do ilustrador argentino Quino. Mafalda, a contestatária, a voz da razão e das pessoas que pensam um pouco sobre a realidade que está à sua volta e se interrogam constantemente sobre isso.
Tudo isto para falar sobre o comunicado do PR de hoje e os consequentes comentários dos partidos e dos analistas políticos. Acho que devem estar a gozar com o pessoal que põe a cruz no boletim de voto! Tudo por causa de 2 notícias que saíram no Verão.
Sei que os jornais vão tendo dificuldade em vender e que há falta de notícias bombásticas, mas não é assim que chegam ao seu público. Muitos, no qual me incluo, preferem ler as notícias na Internet e que são colocadas gratuitamente. Claro que são apenas umas achegas e que o desenvolvimento vem só na edição impressa. Mas, quem tem tempo para ler toda a notícia? Ficamos muito bem com os resumos que informam pouco, mas o interesse por elas tem o mesmo tamanho. Assim se criam casos que aparecem na imprensa e que apenas alguns conseguem entender. Não sei o que sucederá aos jornais diários generalistas, mas não vejo que durem muito tempo, a trabalhar desta maneira. Ou assumem os nichos de mercado - política, economia, desporto, cultura... ou estão condenados a auto-asfixiarem as suas vendas.

Por hoje já chega de política. A televisão nos vários canais já me parece estar em "loop"...


Parabéns Mafaldinha! És mais inteligente que muitos.

Retirei a imagem daqui e a respectiva tradução:
- Os jornais! … Os jornais inventam a metade do que dizem! – afirma Libertad.
- E ainda por cima os jornais não contam metade das coisas que acontecem. O resultado dessa soma é que os jornais não existem! – completa.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Colagens

Já pendurei este quadro na parede. Passei para o papel algumas das imagens que tenho de viajar. Alguns desenhos feitos por mim e umas colagens segundo o antigo método de decorar dossiers da escola. O quadro é um incentivo, uma motivação para continuar a desenhar, viajar e exprimir o que me vai na cabeça. Agora foi isto que saiu.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mestre Malangatana

Ontem assisti à inauguração do elemento escultórico do mestre Malangatana no Barreiro. A festa teve um toque especial do mundialmente famoso artista plástico, com a voz ao lado do Coral TAB, em 2 interpretações de canções moçambicanas. Até arrepiou e não foi só do fresco da noite.
O mestre tem uma voz poderosa que canta com alma e amor. O discurso dele falou de amor e amizade e recordou que este elemento pertence aos dois países - Portugal e Moçambique.


Foto daqui.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ler é factor de risco da gripe A

Todos os dias vemos avisos sobre a gripe A, estatísticas nos telejornais, medidas de prevenção e mais coisas que enjoam tanto como as campanhas eleitorais. Concordo com algumas das medidas de prevenção. Tenho visto os desinfectantes nos centros comerciais junto dos restaurantes e fica muito bem às pessoas lavarem as mãos depois de usarem o wc, mas esquecem-se de muitas situações que podem ser de risco.
Vejo automobilistas que entram nas garagens públicas com o cartão de pagamento na boca, assim que o tiram na entrada. Outros que levam o passe na boca, enquanto se preparam para fechar a mala e passarem o dito pela máquina.
Uma situação que é muito perigosa é Ler. Ler é perigoso? Sim, para quem vira as páginas de livros e jornais com o dedo húmido da língua. Observei outro dia um exemplo desses com um jornal desportivo. O indivíduo folheava as páginas satisfeito com as vitórias do Benfica e levava o dedo à boca para voltar a folhear. É um hábito que detesto, mas para quem tem o vício fica mais um aviso. Lembro-me sempre de algumas cenas do "Nome da Rosa" e os dedos negros dos assassinados.
Vai ser por pouco tempo. Lá para o próximo verão ninguém se vai lembrar dos avisos. As gripes hão-de ser outras.

Foto: "O Nome da Rosa" com Sean Connery

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Viagem ilustrada

Hoje o jornal i, apresenta uma reportagem diferente. A viagem de João Catarino numa carrinha volkswagem, com excelentes ilustrações feitas pelo próprio e que dão uma perspectiva diferente das velhas estradas nacionais.
Este jornal continua a surpreender-me com temas pouco usuais no jornalismo diário. Os desenhos irão sair por vários dias e começa muito bem.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mais uns traços...

Mais uns traços de uma conversa que vi junto ao bar na viagem de barco para casa. Escolho um lugar confortável, procuro um motivo para desenhar e depois é ao sabor da ondulação do rio.
Junto ao bar há sempre mais animação e por isso um desafio para apanhar os momentos. A viagem torna-se agradável e não a sinto como rotina, pois são estas as ocasiões para descontração e treino.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Falhanço sem explicação!

A parte psicológica voltou a vencer a física. A saltadora russa Yelena Isinbayeva, campeã do mundo e olímpica, detentora do record do salto à vara, falhou todos os saltos da prova de ontem. Ela bem chorava e tentava perceber o que havia falhado. Dizia que se sentia a 100% na forma física e mesmo assim o falhanço aconteceu.
Fez-me lembrar a prova da Naide Gomes nas Olimpíadas de 2008. Também não havia conseguido saltar sem pisar no sítio certo, na prova de salto em comprimento.
Os resultados só se conseguem com a conciliação de 2 factores, físico e psicológico. Em menor escala também sinto essa diferença nas minhas idas para o ginásio. Há dias que parece que a força e a velocidade ficaram em casa, noutros dias é o contrário. Tem tudo a ver com a cabeça. Uma cabeça a 100% transforma-nos em superherois e conseguimos maiores proezas, à nossa escala, claro.
O maior desafio para a atleta russa será o de ultrapassar este problemas. Os próximos saltos terão de sair melhor de modo a ganhar a confiança. Sem confiança, toda a técnica ficará desajeitada e vai parecer que nem correr bem consegue.
Já o Fernando Mamede ficava com as pernas presas nas provas mais importantes. A pressão psicológica é como um Adamastor na cabeça de um atleta. Sentir milhões a verem cada movimento que o atleta faz.
No domingo vi a prova dos 100m com uma excelente prova de Usain Bolt e aqueles minutos antes da prova eram um desafio aos nervos dos atletas. Não paravam quietos. Anos de trabalho decididos em menos de 10 segundos. É muita pressão para uma pessoa normal. Eles... eles são super-atletas!
Notícia no Público.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dias de praia 2

Mais uns desenhos. Gostei muito de desenhar a rapariga de cima que observava o namorado a surfar.
A mulher em baixo serviu para treinar as sombras. Acho que carrego demasiado na caneta. É como acertar as patilhas, cortamos sempre mais um pouco do lado direito. O mais difícil é captar a ondulação da toalha e da areia, mas é um bom desafio.
A mulher no topo, foi uma espécie de caricatura de uma personagem que passava junto à água com o colchão de ar debaixo do braço. O penteado também era diferente do normal.
Estava uma tarde de calor que saboreei até à hora do jantar. A melhor hora, quando as famílias vão saindo e fica aquele céu laranja.

Dias de praia 1

Voltei de férias na semana de maior calor. Tem sido uns dias fantásticos. Especialmente, as noites quentes.
Na praia fui desenhando algumas vezes, as pessoas que dormitavam ao pé de mim, que fixavam uma pose e ficavam o tempo suficiente para desenhar.
Aqui apanhei um casal na conversa. Bem juntinhos trocavam impressões sobre um estranho grupo que estava ao lado deles. É sempre propício a conversas intímas com os olhares bem perto um do outro.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Saruel. São calças Saruel!

Saruel. Soube do nome há uns tempos.

Saruel são umas calças que andam na moda este verão. Já as via em anos anteriores nos festivais, mas este ano chegaram à cidade. Aceito bem as calças de panos de padrões coloridos, mas quando passaram o conceito para os jeans... Parece uma fralda! Como alguns gostam de usar as calças na anca mostrando os boxers de marca, as calças saruel são as indicadas. Dão a entender que estão a cair, mas apenas é um tecido em excesso que vai roçando nas pernas. Os ingleses chamam-lhes "drop-crotch", os Madness cantavam as "baggy trousers" nos anos 80. O conceito de rebeldia está implícito naquela forma de chamar a atenção. O pior é quando passam para a roupa do dia-a-dia.

Li sobre este tipo de calças e são mais antigas que eu pensava. Fazia parte do uniforme do exército francês que patrulhava no norte de África no século XIX. O exército Zouave utilizava a tecnologia da região para aguentar o calor, especialmente entre as pernas.

Essa tecnologia saltou para o século XXI. O mais aproximado que tive, foi no Judo, com umas calças do mesmo género que deixavam espaço para a flexibilidade, fortes puxões e frescura. Talvez seja isso que precisamos de usar para usar no metropolitano todos os dias.
Pintura daqui: Vincent Van Gogh - O Zouave

quarta-feira, 15 de julho de 2009

FMM Sines 2009

Começa neste fim-de-semana o grande Festival de Músicas do Mundo em Sines e em Porto Côvo. Quero ver se no sábado estou lá.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Corpo no Tejo

Todos os dias faço o percurso Barreiro-Lisboa-Barreiro nos ferries da Soflusa. Ontem à tarde, pelas 20h, a viagem ficou-se pelo meio. De repente, enquanto passávamos frente ao Seixal, a embarcação parou e rapidamente vejo um dos marinheiros a correr para a popa. Algumas pessoas que iam junto às janelas começam num zumzum. Em 5 minutos, outras começam a aproximar-se da janela. Um homem que caiu ao rio? O que se passa? Tratava-se de um corpo que boiava junto. Momentos se seguiram de agitação e nervosismo. O som do mestre do ferry alertou, meio atabalhoado, a explicar que estava um corpo na água e teríamos que esperar pela polícia marítima. Enquanto alguns foram buscar mais umas cervejas (os ferries têm café) outros como eu, resolveram comer um geladinho. Vinha do ginásio e cheio de fome. Os gelados venderam-se bem. Depois foi meia hora de conversas, hipóteses... Aliás, é um cenário, onde se pode estudar alguns comportamentos. Há os que correm para ver, numa curiosidade mórbida, e outros que procuram acalmar com piadinhas. Gosto dos que puxam da cabeça e falam sobre as mais diferentes hipóteses. Só faltava tirar fotos, porque todos faziam o relato em directo para familiares e amigos pelo telemóvel. A embarcação tentava manter-se estável, mas o movimento de pessoas a circularem de estibordo para bombordo (agora já sei quais os pontos do navio!) parecia uma feira.Só às 20h35 conseguimos atracar no Barreiro depois do aparecimento da lancha da polícia marítima. Foi uma meia hora de quebra-rotina. Não cheguei a espreitar para matar a curiosidade que não era nenhuma. O tempo foi aproveitado para ver todo o espectáculo que rodeia estes incidentes. Se houvesse viaturas a atravessar o rio, já haveria fila para espreitar o corpo a boiar no Tejo.
Hoje já foi referido no Correio da Manhã.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Grande Reportagem

Cândida Pinto e o repórter de imagem Jorge Pelicano, apresentaram no domingo passado uma Grande Reportagem na SIC. Lindíssima, sobre um périplo de 5 aviadores da TAP por terras de áfrica em pequenas avionetas. Fiquei preso aquelas imagens das praias de Moçambique, da subida do rio Zambeze, do parque da Gorongosa e das fabulosas imagens do Niassa. Uma senhora reportagem de uma grande equipa. Lembro-me das imagens de filmes como o "África minha" ou o "Paciente Inglês". África é enorme... Para ver ou rever!



sexta-feira, 26 de junho de 2009

O twitter está na boca de toda a gente!

Ontem um colega pedia-me ajuda sobre o "Twitter". O que é isso do twitter?
Procurei explicar com a ajuda de exemplos. Ele tinha visto a entrevista na SIC com um dos fundadores que, por acaso tem a minha idade, e com 2 anos de existência, tem milhões de seguidores. Disse-lhe que basicamente é enviar SMS de tudo o que fazemos como no telemóvel, mas aqui, as pessoas de todo o mundo têm interesse em saber disso.
Tenho página aberta no dito cujo, mas escrevo muito pouco e muito pouca paciência para seguir tudo o que se passa. Gosto imenso das piadas do Inimigo público, mas tive de deixar seguir os jornais. É um duche de informação que não dá espaço aos outros.Tenho assistido nos telejornais sobre a vantagem que o twitter está a dar aos manifestantes no Irão. Sem jornalistas no país, as pessoas procuram enviar o máximo de informação para todo o mundo e isso está a dar cabo da cabeça ao governo iraniano. A popularidade desta rede era um pouco previsível. As pessoas tem pouca paciência para ler grandes textos e preferem coisas bem curtas. Claro que o excesso de informação irá no futuro saturar as nossas cabeças. Ou ligamos a tudo ou só ligamos às coisas superficiais, deixando o mais importante por saber.
As notícias de guerras e celebridades correm mundo e por vezes nem sabemos o que se passa no nosso bairro.
Ainda estou a tentar saber o interesse de algumas pessoas em escrever "Estou a pôr o esparguete ao lume" no Twitter, mas quem sabe a empresa que o vende queira saber como o coze.
Cartoon saíu daqui.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Verão nos escritórios

A poucos dias de entrarmos oficialmente na estação quente, as conversas nos escritórios voltam-se para o tema férias, depois dos meses de "emagrecimentos" Abril e Maio. Das conversas sobre as temperaturas e do calor que faz, há um diálogo que adoro todos os anos. Sempre repetido:
- Vais de férias quando?
- Vou tirar 10 dias em Julho.
- Junho?
- Julho.
- nho ou lho?
- nho! Mês 7! Julho!!!
- Ah, vais em Julho! Também estou a pensar nuns dias em Julho.
- lho?
- ...
E depois vêm as questões sobre destinos. Há sempre uma pressão para saber quem tem dinheiro para viajar para o estrangeiro, acampar ou ir todos os dias para a praia da Caparica. Pelo menos não falamos das milhares de comparações sobre o que se pode comprar com o valor da transferência do Ronaldo. Já parece a do "que fazias se te saísse o euromilhões?".
Não há paciência. Mas, o verão sempre foi de conversas vazias e sem nexo, tal como o nosso cérebro com o calor.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Viagens" na Bertrand do Chiado

Na quinta-feira passada passei pela Bertrand do Chiado para assistir a um encontro da revista Ler. O tema era "Arte da viagem: os livros como passaporte" com o José Eduardo Agualusa, a Maria Filomena Mónica, o Paulo Moura e com moderação da Anabela Mota Ribeiro. Sala composta que se foi tornando mais quente em ambiente e na discussão.
Falou-se nos livros de cada um, nas experiências, algumas histórias curiosas até chegar ao cerne da questão  - as viagens. Partir à descoberta ou partir para o conhecido? Da minha parte, reconheço-me mais com o Agualusa e o Paulo Moura que gostam de conhecer outras culturas e outras linguagens. A Maria Filomena Mónica viaja mas com uma grande preparação e pesquisa bibliográfica. E também para o mundo mais próximo da cultura ocidental. Cada um tem a sua forma de "viajar" e é isso que torna tão agradável ler sobre os mais diversos autores. As opiniões divergiam e tornaram o encontro mais dinâmico.
Gosto sempre da altura que chega às perguntas do público. Aqui voltou a aparecer um senhor (há sempre um assim) que se gosta de se ouvir falar e em jeito de questão fez uma retrospectiva sobre a sua vida e a sua paixão pela tauromaquia, até ser interrompido para dar lugar às verdadeiras perguntas colocadas por outras pessoas.
Consegui fazer um pequeno desenho dos intervenientes (as minhas desculpas ao Paulo Moura pelo desenho dele, mas estava de pé e sem apoio para o caderno) e que me deu um certo gozo em complemento com um tema que adoro ouvir e conversar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O fim do carro americano

Há notícias que não são novidade, infelizmente. A falência da General Motors prenuncia o fim da produção do carro americano. Aquele carro que consumia tanto, parecia uma banheira e que já ninguém compra. Os europeus e os japoneses vão vencendo no terreno.
Vi esta imagem num e-mail que me enviaram e achei uma excelente ideia para aproveitar todo o material que vai sobrando. Uma boa utilização para os motores que debitavam tantos cavalos e "bebiam" como camelos. Fica a ideia para os aficcionados do tunning ou dos economistas, para se lembrarem do fim da produção do gigante americano.
Tem a vantagem de fazer de bar. Basta olear de vez em quando para manutenção.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ginásios, fruta da época!

O ginásio onde vou, anda insuportável com tanta gente. O calor a apertar e a clientela a subir. Porque só se lembram de fazer exercício físico nesta altura. Ainda por cima têm de fazer contratos anuais. Esta é a altura de fazer as dietas, correr nas passadeiras que nem loucos (gostam pouco de bicicletas e das máquinas de remo) e encher os balneários. A imagem torna-se o mais importante, os espelhos e as balanças vão ficando gastos do uso. Encontrar um cacifo torna-se um problema e arranjar um espaço para mudar de roupa um desafio. Toalhas, sacos, ténis, tudo tem de caber naquele pequeno espaço. Levamos com o desodorizante do tipo que está ao lado e pedimos licença para nos sentarmos onde estava uma toalha molhada. Quando termina alguma aula é ainda pior. A espera para o duche, os lavatórios ocupados com gente a fazer a barba, pentear, pôr cremes, olhar para a barriga que se mantém fiel à gordura e à procura de definição nos biceps. Com esforço e luzes adequadas, todos parecem atletas.
O ginásio é também uma passerelle. Há que ver e ser bem visto. Calções e tops sensuais e nada de t-shirts a fazer anúncios a tintas ou restaurantes nas costas. Há uma estética que cada ginásio cultiva. Muito suor a escorrer, uns olhares mais demorados e o pessoal se desconcentra a contar as repetições. As passadeiras continuam ocupadas e há que andar de olho no "Leg curl" ou no "Upper back". Mais um dia de suor e de nos queixarmos do peso extra.
Até ao verão, o trabalho é no ginásio. Depois... depois é praia, cerveja, marisco e gelados.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Começa hoje...


Hoje é o primeiro dia da 5ª edição do Festival Islâmico de Mértola. De dois em dois anos, a vila acolhe a cultura árabe numa festa de côr, música, cheiros e sabores. Eu vou estar lá, este fim-de-semana.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Viagem ao Pocinho

Uma viagem singular! O passeio de comboio ao longo do Douro até à estação do Pocinho.
No primeiro dia de Maio, o sol espreitou, o céu clareou e o calor fez companhia numa viagem que sai da estação de S.Bento, no Porto, até à aldeia do Pocinho.
Não pensava que este transporte fosse tão utilizado. Ainda bem que o é, porque a paisagem merece ter uma "plateia" composta.
Foi um dia bem passado para dezenas de famílias com o farnel a postos para irem à Régua, ao Pinhão, ao Tua e até ao fim, como nós.
Esta é uma linha que nunca deveria ser encerrada. A beleza do rio Douro, a arquitectura das estações, toda a boa disposição na viagem, proporcionam um dia pleno.
Espero que a linha reabra até Barca d'Alva e a outra, até Miranda do Douro.
Ao comboio de 3 carruagens da linha regional, juntam-se mais 3 carruagens, na Régua, exclusivas para os turistas que sobem o rio de barco.
Pelo menos uma vez na vida, o português deveria fazer esta viagem. Não é uma peregrinação, mas há alguma coisa que nos toca na alma.

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