Baseado na história do profeta, pintor e médico Mani, que viveu no século II da era cristã e trouxe uma nova forma de olhar as religiões da época. Agregou pensamentos de Cristo, Buda e de Zaratustra. Procurou um equilíbrio entre a Luz e as trevas.
O livro condensa grande parte da vida do profeta na sua juventude, na sua ascensão como conselheiro dos Reis do Império Sassânida, actual Iraque e na sua morte. As suas viagens pela Ásia não são descritas, apenas referidas.
Grande capacidade de argumentação e em poucas palavras encontrava o termo certo para convencer o Poder nas suas decisões, contrariando o clero da religião Zoroastra.
Fico com a sensação que ele passou ao lado de uma grande carreira. Arrastou multidões, mas a sua insegurança e abstenção na tomada de posições, revelava grandes fragilidades para convencer os descrentes ou adversários. Os seus escritos desapareceram, os seus pensamentos perderam-se no tempo.
Com a queda do Rei que o protegeu, a sua morte foi logo desejada pelo herdeiro que usurpou o trono do irmão. O clero ganhava espaço e acabava com um problema.
Revi muito nessa história a actualidade do mundo. Ontem via o presidente americano Barack Obama receber o Nobel da Paz e percebo que ele irá ter de optar por seguir uma via "Americana" de ver o mundo. Também ele sabe discursar bem e convencer alguns, mas os que sempre dominaram não descansarão enquanto não encontrarem pontos fracos.
Quero ler mais livros deste autor, especialmente um sobre as Cruzadas vistas pelos árabes. Há muito por aprender na História que se reflete nas atitudes de hoje.
Foto: Imperador romano Valeriano submete-se ao Rei Sassânida Sapor I. Tirada daqui.
2 comentários:
http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/conversasdeescritores/index.php?k=Amin-Maalouf.rtp&post=4042
Obrigado JASG. Nºao tinha conhecimento desta entrevista. Vou ver e conhecer melhor o escritor.
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