sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pormenores junto ao chão.

Gosto de apanhar alguns pormenores durante a travessia de barco. Desenhar os pés, especialmente alguns sapatos ou sandálias, é um desafio. A curvatura do calçado, o modo como as pessoas colocam os pés, apresentam algumas dificuldades que vou tentando ultrapassar.


O acto de desenhar permite-me captar melhor alguns pormenores que normalmente me escapam. Já tenho visto mulheres de botas em dias quentes ou chinelos para ir para o trabalho. Algumas mais altas usam sandálias rasas e as bem baixinhas optam por alguns saltos bem grandes.
Nos homens a variação anda pelos sapatos de vela, ténis ou botas de caminhada. Vou praticando nos ténis que acho mais difíceis.

As mulheres reparam mais nos sapatos das outras mulheres, fazem comparações e tiram ideias para futuras compras. Com a chegada do verão, a atenção redobra e o esforço para manter a elegância é maior.
Mais interessante se tornam os desenhos e as expressões das pessoas que observam.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Verão já chegou.

O Verão chegou às 12h28, segundo ouvi na rádio. E chegou ao mesmo tempo que começava o jogo de Portugal. Começou bem para muito portugueses, que agora andam eufóricos com o resultado expressivo frente à Coreia do Norte. Penso que mais interessante será ver o próximo com o Brasil.
O jogo teve algo de cómico, especialmente no golo do Cristiano Ronaldo, mas mais ainda, as figuras de algumas pessoas que foram entrevistadas após o encontro.


A felicidade, a euforia na cara das pessoas. Um momento de alegria no meio de tantos gráficos financeiros descendentes e que faz ultrapassar todos os problemas. Bem, não pensamos tanto neles.
Além do jogo, gosto também de ver como reagem as pessoas, os diálogos, o olhar mais alegre. Vai ser conversa para uns dias, umas cervejas a acompanhar e milhentas análises sobre o jogo e os jogadores.
Os impostos sobem mais um pouco, voltam as séries e novelas antigas na televisão, mas vai estando um calorzinho agradável e a Selecção ganhou. Chegou o Verão.

domingo, 20 de junho de 2010

Saramago

Na sexta, ao almoço, vi a notícia da morte do escritor José Saramago. Mexeu comigo e lembrei-me das obras que já li dele. As mais antigas, que já andava afastado do autor há uns anos. Há pouco tempo comprei o "Ano da morte de Ricardo Reis" nuns saldos e ainda o tenho para o ler. Foi um escritor que deixou marca na minha memória literária, especialmente nas personagens de Baltazar e Blimunda no "Memorial do Convento" e da figura de Jesus no "Evangelo segundo Jesus Cristo".


Não concordava com algumas ideias dele, mas admiro a sua obra, o seu estilo próprio da escrita e a divulgação que fez da literatura Portuguesa a nível mundial, com a atribuição do Nobel em 1998.
Uma das maiores façanhas de Saramago, foi ter aproximado Portugal e Espanha culturalmente. É um cidadão Ibérico por casamento e por mentalidade. Deverá ser dos poucos a ter uma homenagem de igual importância em Portugal e Espanha.
Tenho um livro autografado e mais uns quantos que não surgem na imagem. Tenho de voltar a "Levantado do chão" um livro que está por terminar há uns anos e talvez com esta idade perceber melhor o "História do cerco de Lisboa" que também não terminei. Refiro ainda ao "Ensaio sobre a cegueira", livro que adorei e que me chocou na altura. Ficarmos privados de um dos sentidos e a sociedade se transformar com isso. Muito bom.
O escritor partiu, a obra permanece. Vou voltar a pegar nos seus livros.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Há mais desporto por estes dias sem ser o futebol.

Estamos em plena euforia da seleção nacional de futebol. Empatámos o primeiro jogo e não foi mau para a estreia. Gosto de ver bons jogos de futebol, mas tem sido uma seca a televisão a abusar de reportagens, equipas de jornalistas na África do Sul e para piorar, ver jogos ao som de buzinas. Nem dá para ouvir os cânticos ou mesmo a gritarem por golo, apenas aquele som contínuo.


No meio desta euforia, há uma excelente notícia para o Judo nacional. O judoca João Pina conquistou o ouro (categoria -73Kg) na Taça do Mundo, realizada no Campo pequeno em Lisboa. Como a prova decorreu no passado fim-de-semana, ficou abafada pelo Santo António e pelos jogos do Mundial de Futebol.


O Campeonato do Mundo consegue apagar todos os restantes desportos e até a vida política quase que se esvanece no meio do ruídos das vuvuzelas. Nada como fazer mudanças nos impostos nesta altura de anestesiamento nacional.
Ficam as fotos dos combates do João Pina e lembrar que há mais vida neste planeta de futebol. Só falta um mês.
 
Fotos daqui e mais dados na Federação Portuguesa de Judo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O calor vai cozendo lentamente...

Inícios de Junho e o calor surge a apertar um pouco. Na rua anda-se bem, sem ser à hora de almoço. Há zonas onde corre uma brisa e outras onde bate o sol de chapa.
Nestas alturas os transportes públicos ficam com um ambiente saturado, húmido e com alguns aromas "naturais". No Metro, tudo ok, que faz uma corrente de ar e até sabe muito bem enquanto se espera no cais, mas quando se entram noutros transportes, aí... parece que arde algum incenso "estranho".



Ontem, no barco para o Barreiro, toda a gente já transpirada, alguns gelados e umas cervejinhas no bar, fui sentar-me perto de um tipo bem velhote que estava pestilento.
Bem que devia ter desconfiado quando avistei o lugar que uma mulher havia deixado vago. Assim que me sentei, do banco da frente veio um refogado de odores que me deixaram tonto. Felizmente que assim que o barco arrancou, a brisa trouxe algum descanso ao nariz.
O tipo, coitado, devia andar pelas ruas e a roupa deitava o tal "aroma". Aguentei-me e fui-me distraíndo a ver a paisagem. De certeza que todos à volta estavam sintonizados no pensamento. Uma pessoa até arrepia quando tem uma pessoa destas mesmo atrás.
Lembro-me de uma viagem na Carris, há uns anos, com um tipo bem mais jovem, mas que deixou todos os passageiros de cara torcida e a fazer um esforço para conter as narinas fechadas. Não dá!
Infelizmente, as pessoas deviam ter respeito por quem viaja em transportes com pouca ventilação. Nestes casos, tenham paciência e vão a pé ou a nado.
Uma coisa é alguma transpiração, outra é um cheiro nauseabundo. E o Verão ainda está para vir.

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