domingo, 20 de junho de 2010

Saramago

Na sexta, ao almoço, vi a notícia da morte do escritor José Saramago. Mexeu comigo e lembrei-me das obras que já li dele. As mais antigas, que já andava afastado do autor há uns anos. Há pouco tempo comprei o "Ano da morte de Ricardo Reis" nuns saldos e ainda o tenho para o ler. Foi um escritor que deixou marca na minha memória literária, especialmente nas personagens de Baltazar e Blimunda no "Memorial do Convento" e da figura de Jesus no "Evangelo segundo Jesus Cristo".


Não concordava com algumas ideias dele, mas admiro a sua obra, o seu estilo próprio da escrita e a divulgação que fez da literatura Portuguesa a nível mundial, com a atribuição do Nobel em 1998.
Uma das maiores façanhas de Saramago, foi ter aproximado Portugal e Espanha culturalmente. É um cidadão Ibérico por casamento e por mentalidade. Deverá ser dos poucos a ter uma homenagem de igual importância em Portugal e Espanha.
Tenho um livro autografado e mais uns quantos que não surgem na imagem. Tenho de voltar a "Levantado do chão" um livro que está por terminar há uns anos e talvez com esta idade perceber melhor o "História do cerco de Lisboa" que também não terminei. Refiro ainda ao "Ensaio sobre a cegueira", livro que adorei e que me chocou na altura. Ficarmos privados de um dos sentidos e a sociedade se transformar com isso. Muito bom.
O escritor partiu, a obra permanece. Vou voltar a pegar nos seus livros.

1 comentário:

JASG disse...

Uma boa preciosidade autografada.
Nunca me interessou o político ou o ateu. Sempre me interessou o Homem e, sobretudo, o escritor. E que escrita.

Cheguei tarde à sua obra, mas recuperei com a leitura de "Todos os Nomes", "Ensaio Sobre a Cegueira", "Ensaio Sobre a Lucidez", "As Intermitências da Morte", "A Caverna", "O Homem Duplicado", "A Viagem do Elefante" e "Caim".

Tem expressões nos livros soberbas. É como disse a minista da Cultura: "Saramago não acreditava em Deus, mas Deus acreditava em Saramago."

Só pode.

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