quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Momento de reflexão

Mais um ano que vai terminando e dá que pensar em tudo o que se passou, no modo que encaramos o presente e o futuro. Em pouco mais de um ano mudou o governo e deu para observar com mais atenção a maneira como encaramos os desafios e as mudanças que fazemos.


Não é da crise que falo, mas de todo o modo de agirmos uns com os outros, do modo frágil como vemos o planeta e os seus habitantes. Parece que tudo ficou frágil, pequeno e fácil de mudar de um dia para o outro. Os líderes políticos já não parecem deuses mas técnicos que procuram resolver problemas da mesma maneira que nós enquanto falamos num café. De um momento para o outro, acabam-se ditaduras, cidades como Fukushima parecem de papel face à destruição da natureza.
Por outro lado, acho bem que assim seja, para que comecemos a pensar a sério no que queremos e que podemos mudar. É um desafio para todos. Foi o momento de reflexão para 2012.
Um Feliz Natal para todos.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

20º Encontro UsK Portugal no Bairro Alto

Mais um delicioso encontro desta vez no âmbito do Dia do Bairro Alto e a oportunidade de percorrer uma zona que conheci à noite e deu-me a chance de conhecer um pouco de dia.


Uma pausa para uns cupcakes e apreciar o café Tease a mostrar o ambiente que caracteriza o Bairro como local alternativo e de tendências.

Na Rua da Atalaia gostei de ver o movimento desta tasquinha e ao mesmo tempo sentir o contraste deste bairro que também tem moradores e a vida quotidiana dos bairros de Lisboa. Havia um diálogo a decorrer entre dois tipos que falavam línguas diferentes, espanhol e o álcool. A conversa não tinha fio.
 

O encontro terminou no Principe Real com as conversas, os desenhos e a apresentação do novo livro para o dia seguinte. Obrigado a todos, gostei muito de rever as caras e os desenhos. Próxima semana já há programa na Rua Garrett.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sábado foi excelente...

No sábado passado o dia estava excelente para desenhar. Mais um encontro para desenhar, desta vez junto à antiga estação ferroviária. Juntámos um grupinho de 6 com vontade de desenhar a estação, o rio e a paisagem. Algumas fotos do encontro:





Gostei muito do convívio, da troca de impressões, de ver os desenhos de cada um e falar um pouco sobre a cidade e as suas potencialidades culturais.
Ainda fiz um desenho do cais, com os barcos e a paisagem urbana do Barreiro. Ao fundo um dos moinhos que são o símbolo da cidade. Ainda hei-de de lá voltar para desenhar a estação por dentro antes que feche por estar a ficar degradada.


Agradeço a todos os participantes e acompanhantes, especialmente ao Fernando que conheci na viagem de barco no último dia do Symposium de Lisboa. Ele veio ter comigo ao ver-me desenhar nesse dia e perguntou pelo encontro de desenho no Terreiro do Paço. Infelizmente tinha sido nessa tarde. Conversámos na viagem e agora começou a vir aos encontros dos Urban Sketchers.
Obrigado a todos e espero que tenham gostado do encontro. Espero vir a fazer mais. Por agora, há encontro no Camões a 11 de Dezembro.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Novo encontro de desenho no Barreiro

Está agendado para sábado, 3 de Dezembro, pelas 11h, mais um encontro de desenho no Barreiro.
Desta vez, o local escolhido é a antiga estação ferroviária do Barreiro agora desactivada, junto à estação fluvial. 


Um pouco de história sobre a estação:

Em 1854 foi adjudicado por um grupo de industriais, entre os quais se destacou José Pedro da Costa Coimbra, a construção do Caminho de Ferro do Sul, entre o Barreiro e Vendas Novas e ramal de Setúbal.
O troço foi aberto ao público em 1 de Fevereiro de 1861.
A escolha do Barreiro para terminal ferroviário foi determinada pelas excelentes condições de acessibilidade marítima, a relativa proximidade com o mercado lisboeta e as instituições comerciais, financeiras e políticas da capital.
Os antigos itinerários medievais, terrestres e marítimos que ligavam o Sul do País a Lisboa, perderam importância face à revolução provocada pela introdução do transporte ferroviário. O Barreiro torna-se então, o nó estratégico na ligação Norte/Sul.

Para quem vier de Lisboa, pode apanhar o barco na estação do Terreiro do Paço e quando chegar ao Barreiro, atravessa a estação fluvial para o lado esquerdo e o encontro é ao fundo na antiga estação.

Fotos da estação e envolvência aqui. Resumo histórico daqui.

sábado, 12 de novembro de 2011

Voltar ao tempo em que não havia internet

Ontem e na quinta estive a trabalhar sem e-mail e sem internet. Deve ser por causa das obras na rua onde trabalho. Com o acelerar das obras dos esgotos por causa da chuva devem ter desligado algum cabo principal e deixaram a zona sem telefones e o mesmo sucedeu com as ligações da Net.


Resultado foi trabalhar com a informação interna. Há muito que não me sucedia e foi estranho. Uma pessoa adapta-se mas tem de se lembrar que não consegue recorrer de legislação on-line, receber e enviar e-mails e nota-se a falta constantemente.
Hoje em dia não dá mesmo para funcionar sem recorrer da informação global. Já trabalhámos assim e ainda apanhei a época dos faxes para todos os documentos, mas agora é complicado. Quando às vezes penso que um dia toda a informação estará em data-centers mundiais (especialmente nos países nórdicos por causa da refrigeração), quem terá força no futuro não é o país que possuir mais armamento, mas quem tiver a ficha para desligar os servidores.

Ontem quando eram 11h11m do dia 11/11/2011, não sucedeu nada de especial.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Por este rio abaixo...

Começa o frio e a chuva, umas castanhas assadas e umas greves dos transportes públicos. Vamos-nos adaptando aos novos tempos. A agitação das "massas" já não passa por gritos, insultos e manifestações. Acho que cada um de nós pensa que "isto um dia rebenta", mas não se vê fisicamente nada a suceder que mexa com toda a gente. Acaba por ser feito por pequenos grupos e iniciativas sem gaz.


Já hoje lia uma reportagem de um jornalista americano na revista Courrier Internacional, a descrever como foi possível amanssar a juventude americana. Concordo com algumas das análises, de facto uma sociedade de consumo e a televisão amolecem qualquer cabeça. Achei mais contundente a análise sobre os empréstimos para os estudantes pagarem propinas. É uma maneira do pessoal ficar mais sossegado com medo de perder a hipótese de o pagar mais tarde. Assim, o objectivo é acabar o curso rapidamente e depois arranjar trabalho para pagar o empréstimo e aqui acaba por ser uma maneira de logo em novo estar preso a alguma coisa, não ter liberdade de reclamar ou ainda pior ir preso pelas "lutas estudantis". Muito interessante toda a análise (até desliguei a televisão e fiquei a ler o resto) e que nos permite pensar um pouco nas revoluções do século XXI. São diferentes e previsíveis.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"Les aventures de Tintin"

Estreia hoje o filme do Tintin. A tecnologia chegou a ponto que não deverá envergonhar ou desiludir os aficionados do heroi criado por Hergé. Eu gosto muito de ler e reler as aventuras do Tintin. Uns livros mais ingénuos, outros mais de aventuras e também outros mais políticos. O desenho parece bem simples, mas não é muito fácil chegar a essa simplicidade.


A escolha foi excelente por parte da equipa Steven Spielberg/Peter Jackson, para a apresentação dos personagens ao público. O filme é feito a partir de 3 albúns onde surgem o capitão Haddock e os irmãos Dupont e Dupond. Gostava de ir ver o filme, porque ainda não vi nenhum filme em 3D. Já não vou há uns tempos ao cinema e pode ser que seja desta.


Fotos daqui e daqui.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

33º Sketchcrawl / 18º Encontro USk

Antes de subir ao terraço do Chão do Loureiro para mais um encontro dos Urban Sketchers, desenhei um pouco do Largo do Caldas. Um turista espanhol perguntou-me se era arquitecto. Disse-lhe que era para um encontro de desenhadores e ele achou interessante. O dia estava de verão.




Desenhei um antiquário no Largo do Contador-Mor. O senhor não aguentou 10 segundos sentado e pouco depois estava a avisar-me para ter cuidado com os pombos. Aproveitou e meteu conversa comigo e deu-me algumas dicas para locais a desenhar perto do Castelo. Terão de ficar para outras vezes.




Adorei o encontro, as conversas e rever algumas ruas que já há muito não passava. Uma excelente oportunidade para ver e mostrar o Museu do Teatro Romano. Venha o próximo encontro.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Homenagem simples e directa

Li algumas notícias sobre a morte do fundador da Apple, Steve Jobs. Tudo o que fez, o que representou para a empresa, as novidades que apresentou nas tecnologias e que mexeram com a maneira de olharmos para um telefone, ouvirmos uma música ou lermos um livro.


Numa das notícias no Público, achei curiosa a imagem que aqui coloco, criada por um jovem designer de Hong Kong. A imagem é tão simples e consegue comunicar tanto. Parece uma dentada valiosa na alma da empresa. Mantendo o símbolo da Apple, adorei a forma como foi feita a homenagem à pessoa e à empresa. E parecia tão óbvia a ideia da imagem. Depois de a ver parece que qualquer um a poderia fazer. Não tem nada de especial, mas está a dizer tanto. Excelente homenagem. Simples e apela aos nossos sentidos.

Imagem daqui.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Filas de espera

E continuamos com os dias quentes. Não dá para andar muito na rua. Logo de manhã chego ao trabalho com uma pinga a escorrer pelas costas. Assim, continuo a usar o metro apesar destes dias em que apetece passear pela baixa.


Diáriamente, vejo as filas de miúdos na estação do metro da Avenida que esperam para tirar o passe até aos 18. As caras deles impacientes, com o segurança a ir a todos ver se os papeis estão ok. Ao final da tarde, a fila preenche o corredor e alguns ficam sentados no chão. Outro dia já havia um tipo exaltado, se calhar a pensar que algum teria passado à frente. Fez-me lembrar as filas para a cantina na faculdade. Enquanto esperava, havia sempre algum conhecido que me via e se "encostava" à conversa. E lá passava uns quantos. Também fazia o mesmo, por isso não ficava a perder. O espírito de entreajuda e chico-espertice. O pior é quando isto se aplica em vários sectores do país. Alguns exaltam-se e outros aproveitam os conhecidos.
Amanhã lá estarão mais uns miúdos à espera.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ano Lectivo

Já começo a ver os estudantes de capa e batina na travessia do barco. Vão começando as aulas nas universidades e as festas dos caloiros. Não sei como aguentam andar de fato e com a capa, deve ser um calor.


Está a ser um regresso de férias violento em termos de notícias sobre a crise, a Madeira, a Europa, a Grécia... Já não dá para absorver tanta informação. Ainda por cima ao serão, a televisão volta a descer de nível com mais um big brother.

Por isso, ontem estive a apreciar as paisagens do Douro no programa "Câmara Clara" que no domingo à noite, tinha como tema o Museu do parque do Côa. O museu é muito bonito no exterior e no interior e ainda consegui aprender alguma coisa sobre as gravuras e o Paleolítico superior. Senti-me a relaxar ao ver o programa e acabei por me deitar com a sensação de tempo bem dispendido.
Sempre se aprende algo e ainda motiva a aprender mais. Com o novo ano lectivo a começar há vontade de começar novos projectos e novos encontros de desenho. É sempre um regresso fresco de ideias depois do verão.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Personagens de praia II

Achei engraçada a situação que envolveu o homem que está sentado. Apanhei o diálogo dele com o vendedor de bolas de berlim. Estava a comprar para toda a família e o total a pagar era mais do que ele esperava. Obrigou o filho a devolver todas ao vendedor. Disse à família que noutras praias, as bolas estavam a 1 euro e ali ficavam a 1,20.


Passado uma meia hora, o filho viu de novo o vendedor e pediu ao pai. Ele deu o dinheiro e disse para o filho perguntar o preço de cada bola, provavelmente teria feito as contas mal. O vendedor estava a umas toalhas de distância. O rapaz voltou e disse que o vendedor tinha estranhado primeiro a devolução e agora estavam a comprar de novo. E contou ao rapaz que além das bolas pedidas havia oferecido uma. Claro que quando o rapaz distribuiu pela família, os bolos eram à conta. O vendedor tinha-se aproveitado da ingenuidade do rapaz para brincar com a situação. O homem fartou-se de deitar abaixo o filho.
Adorei o uso de expressões francesas nas conversas, sendo  todos portugueses. Fica sempre tão mal fazer isso em sítio públicos. Pensamos logo nos emigrantes que tentam sentir-se bem quando regressam ao país natal. O senhor era mesmo um personagem. A mulher estava de bata na praia.

sábado, 27 de agosto de 2011

Personagens de praia I


O homem parecia que adivinhava que lhe estava a desenhar. A ouvir música e a apanhar sol, mas de vez em quando mudava de posição, especialmente quando avançava a linha pela barriga abaixo.
A rapariga foi mais fácil e mais agradável de desenhar. Com os homens é mais barrigas e bem direitos na toalha. 
Quando terminei o desenho, o homem estava virado para mim. Tudo muito descontraído e momentos bem passados num final de tarde.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Semana de praia


Uma semana no Algarve e tive muita sorte com o tempo. Parece outro país, não só por tudo estar em inglês e português, mas parecer mesmo que não estamos em Portugal. Ainda conheço pouco da região, mas gosto dos contrastes entre a Serra e o litoral, o bom e o mau turismo. E definitivamente, as praias são muito boas.



Não estava habituado a praias tão cheias, mas tem a vantagem de termos as pessoas bem perto e passarmos despercebidos no meio de tanta gente a apanhar sol e olhar para o mar. Gostei dos momentos que desenhava, ouvindo pessoas que falavam alto sobre as suas vidas, os olhares apreciando os vizinhos, o torrar ao sol e simplesmente observando os personagens e alguns cromos. Uma delícia.

Uma semana que serviu para relaxar e "saír" um pouco dos problemas do país. Não acompanhar as notícias e apenas esvaziar a cabeça. Deu para desenhar bastante. Irei colocando o resultado nos próximos dias.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Eram muitos e bons!


Consegui encontrar uma foto de grupo dos Urbans Sketchers presentes no sketchcrawl de 23 de Julho, finalizando 3 dias de Symposium que colheu a simpatia de todos. Não estão todos.
Eu gostei muito do convívio e até a própria foto foi motivo de sorrisos e boa disposição. A ver se apareciam todos. Ainda estou vendo desenhos que ainda vão surgindo deste evento em Lisboa.

Foto daqui.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A motivação para o desenho continua...


Pegando no mesmo tema, a viagem diária entre Lisboa e o Barreiro, resolvi experimentar desenhar apenas com a linha exterior. Gostei do resultado e depois a aguarela não me satisfez tanto, mas gosto do ambiente que observo no desenho.

Tenho andado a ver os resultados dos 3 dias do symposium UsK e tem sido muito bom. Fotos, muitos sketchbooks e as caras de pessoas que apenas conhecia dos Urban Sketchers na Net. Dá para muitos dias a admirar talentos e formas de expressão. Enche-me a barriga para as férias.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Encontro no Terreiro do Paço

Terminou da melhor maneira em jeito de festa, o 2º Symposium Urban Sketchers em Lisboa. No sábado juntaram-se cerca de 200 pessoas para desenhar no Terreiro do Paço. Adorei o encontro. Nunca pensei ver tantos a desenharem espalhados do lado do pátio da galé. Turistas e lisboetas curiosos olhavam, perguntavam, fotografavam. O que é isso dos Urban Sketchers?


Algumas reportagens que passaram na televisão faziam um retrato deste movimento e explicaram o significado de "Urban Sketchers". Mostraram que Lisboa é excelente para o desenho e que é opinião unânime de quem nos visitou para a desenhar.
Desenhei as pessoas, vi alguns dos desenhos que se foram fazendo, as técnicas, a atitude de cada um para preencher uma folha em branco com a sua própria visão da cidade. Adorei mesmo. Espero que tenha motivado alguns dos que passaram e mostravam interesse em também experimentar.

Reportagens da aqui, aqui, aqui e acolá. Reportagens retiradas daqui.
Também no Youtube.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O symposium UsK na imprensa

Já vão surgindo ecos na imprensa (gosto da expressão) do II Symposium Usk em Lisboa.
Já vi algumas fotos e está de apetecer dar lá uma saltada. Ver o pessoal a desenhar esta linda cidade e a confraternizar.
Mas no sábado estou lá para o Sketchcrawl no Terreiro do Paço. Esperam-se cerca de 300 pessoas e muitas nacionalidades.

Site do jornal Metro

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Está quase...


É já amanhã que começa o grande encontro em Lisboa. Infelizmente só vou poder ir ao Sketchcrawl no sábado, mas terei a oportunidade de conhecer Urban Sketchers de todo o mundo. E em Lisboa. Realmente uma cidade que já merecia um encontro assim.

Site oficial: http://symposium.urbansketchers.org/
Desenho do Lapin e lettering do Mário Linhares.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pensamentos a 25º com vento

Devem ter descido o rating ao mês de Julho. Há muito que não via um mês de verão com tão baixas temperaturas e frio à noite. Até parece de propósito. O negócio está mau para as esplanadas e bom para o chá e torradas. Agosto vai ser diferente. É sempre diferente.


Tenho visto com alegria o final do "Peso pesado". Há ali muito esforço compensado com melhoria da qualidade de vida e alterações físicas evidentes. Tirando o facto de ser um jogo, observo que um estágio como aquele funciona muito bem e os resultados estão à vista. Mas saíndo da quinta, como será ao voltar à rotina diária, a alimentação e o exercício? Ali é como se fosse uma escola e para o futuro está na cabeça de cada um. Provavelmente alguns voltarão a engordar um pouco, mas a lição está ali. É preciso esforço e trabalho para alcançar os objectivos. Assim, teremos nós de fazer para "emagrecer" a dívida do país. O problema também se coloca que não temos todos o mesmo "peso". Tudo para a passadeira!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Colagem Ipsílon


No sábado passado, enquanto lia o suplemento do Público "Ipsílon", reparei que ando mesmo afastado do mundo da música. Com a temporada de festivais de verão, nomes que passam na publicidade e que muito poucos conheço. Achei piada às fotos desses grupos nos artigos do jornal. A postura, as caras, as expressões.

Lembrei-me de fazer um apanhado de quase todas as caras e personagens que encontrei o suplemento e resolvi fazer uma colagem. Mais de metade não os conheço e não coloquei os mais conhecidos no papel. Gostei do conjunto e ocupou-me o tempo da "siesta" no domingo.
Gosto de ver o esforço dos grupos de músicos a tentarem ter uma postura de grupo que mais ninguém faz igual. E adorei ver as cenas do colectivo de teatro. As expressões fortes em plena cena e que apelavam a alguma criatividade com a tesoura e o tubo de cola.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Não há meio de aquecer o tempo!

Entramos no mês de Julho e continua aquele vento desagradável ao final do dia. Ainda hoje ouvi na rádio que a temperatura máxima em Lisboa era igual à de Estocolmo na Suécia. O verão anda tímido ou com medo de saír à rua com as notícias da actualidade.

Depois do anúncio do corte nas prendas de Natal, agora baixam-nos o rating para "lixo". Não há maneira de motivarem para ver se saímos por cima deste cinzento que nos sobrevoa.

Hoje li uma notícia curiosa, ainda por cima num site chamado boas notícias, e que fala da descoberta de um tesouro de muitos milhões num templo indiano.
Uns cofres na cave do templo que não eram abertos há uns 140 anos e lá dentro tinham cerca de 400 milhões de euros (estimativa). É bom saber que ainda existem tesouros e não só nos livros ou nos filmes. Pode ser que descubram algum por cá, que dava jeito para equilibrar as contas. Até nos subiam os ratings ou  o levavam para pagar dívidas.

Só por curiosidade, o templo hindu chama-se Sree Padmanabhaswamy. Por diversão tentem lê-lo e assim não pensam tanto no verão que está um pouco atrasado.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Nas férias

Durante a semana que estive de férias, também andei pela zona de Mértola e passei uma noite num monte perto da aldeia de Moreanes, a casa do Guizo. Uma promoção antes do fim de semana com o feriado de 10 de Junho. Deu para um mergulho na piscina, um passeio de btt e um pequeno-almoço que há muito não apreciava.
O fim de semana foi passado em Cuba e na vinda visitámos o aeroporto de Beja. Por enquanto só tem um voo ao domingo. O espaço é enorme e bem calmo. Perto da zona das partidas, um rebanho de ovelha aparava a erva nos parques de estacionamento. Quando as low costs começarem a voar para lá, muito lisboeta vai conhecer o caminho para Beja.


Ainda passei em Ferreira do Alentejo para descansar um pouco do calor a seguir ao almoço. E foi aqui que aproveitei para desenhar um grupo de homens num dos largos. A conversa estava amena como a temperatura. Ainda fiquei a pensar se eles se conheciam de há muito. Imaginar que todos são mais ou menos da mesma geração e que mantêm uma amizade de décadas. Não conseguia ouvir as conversas mas mantinham-se sossegados a falar. Pelo menos não estavam no dominó e ainda tinham assuntos para trocar.
Se calhar ainda lhe vou dar um pouco de côr...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Scanner novo. Estou de volta!

De volta depois de uns dias de férias e de resolver o problema do scanner. Sai mais barato comprar uma impressora multijet com scanner que apenas um scanner à parte. Estranho.


Estive uns dias de férias pela zona de Odemira e Milfontes. Apanhei uma semana com muito vento nas praias, mas foram uns dias excelentes para passear. Ainda deu para um excelente almoço no restuarante "O Sacas" perto do porto da Zambujeira. Mas agora chegam os dias quentes para a praia.
O verão a chegar, novo governo nomeado e uma "presidenta" da Assembleia da república. Tudo fresco para enfrentar o verão quente.
Neste desenho apanhei a minha mulher no descanso. Tenho que dar um jeito à côr da pele. Parece que estava doente.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Gostei do Festival Islâmico

No sábado passado, fui até Mértola ver o 6º Festival Islâmico. Vou lá desde 2005 e tem sido sempre melhor. A vila está muito bonita, com mais museus e locais para mostrar a herança árabe.
Este ano, o calor era muito e andar por aquelas ruas do mercado cansa um pouco. Valeu uma novidade este ano, o pátio da casa côr de rosa, que proporcionou um descanso à sombra de nespereiras. O ambiente era descontraído, com miúdos a brincar e um balcão com bebidas frescas feitas pelos alunos da escola Al-Sud.


Foi um momento para relaxar, passar a hora de maior calor e desenhar um pouco. Soube mesmo bem o momento. Havia outro espaço novo, o pátio da palmeira. Boas ideias que vão surgindo a cada festival. Para o próximo está em projecto uma  casa àrabe e um Hamman, os banhos públicos. O próximo é em 2013.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

6º Festival Islâmico de Mértola

É já amanhã que acontece a 6ª edição do Festival Islâmico de Mértola. Um festival que se realiza de 2 em 2 anos e que faz reviver o período islâmico da localidade do período anterior à reconquista cristã.


Gosto imenso de visitar a localidade e em especial neste festival. Tudo se transforma, a gastronomia com mistura do alentejo e do Norte de Àfrica, o mercado "souk" onde se pode regatear peças, panos e chás e os concertos ao final do dia.

O programa pode visto aqui.

Eis algumas fotos que tirei na última edição:
 
 


terça-feira, 17 de maio de 2011

Nova peça do Grupo de Teatro do Técnico

É sempre com muito orgulho que oiço o meu irmão falar de uma nova peça de teatro onde ele entre.
A nova peça do grupo de teatro do Instituto Superior Técnico (GTIST) chama-se "Cabeça de cão" e já está em cena.


O GIST venceu o grande prémio FATAL em 2006, com a peça "Escândalo".

Site do grupo de teatro - http://teatro.ist.utl.pt/2011/04/20/cabeca-de-cao/
Teaser da peça - http://www.youtube.com/watch?v=ngOrLavNeWA
Também no facebook

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mais um encontro de desenho no Barreiro

No próximo domingo, 8 de Maio, a partir das 15h, junto da Piscina municipal do Barreiro, na Av. Bento Gonçalves, mais um encontro sketchcrawl.
A convite do Gabinete da Juventude da Câmara do Barreiro e no âmbito do programa "Os nossos rios aqui tão perto", um encontro para desenharmos o rio e a cidade.
A participação é gratuita e podem participar todos os que gostem de desenhar, com ou sem experiência. Tragam um caderno, um lápis ou marcador. O convívio está garantido.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Semana pascal

Não assisti ao jogo de hoje da Luz, mas reconheço que o FC Porto está a revelar uma mentalidade ganhadora e capaz de ultrapassar as dificuldades. Com uma desvantagem de 2 golos, conseguiu ganhar por 3 a 1 contra o SL Benfica. Contrariando o ambiente político-económico do país, tem sido uma equipa que mostra unidade e resultados com uma boa liderança que apesar de jovem tem dado frutos.


Felizmente há bons exemplos que possamos seguir. Ultimamente, a nível político tem passado para a "plateia" uma ideia de incapacidade, interesses pessoais e alheamento face à realidade. Torna-se dificil fazer um esforço em conjunto com tão fracas lideranças políticas. E não só a nível nacional, a desorientação é europeia.

Esta semana também fiquei a conhecer um estudo nos jornais, de que há uma teoria em que a "Última Ceia" foi a uma quarta e não a uma quinta-feira, como ficou para a história. Para mim é um absurdo pensar que haja quem gaste tempo a pensar nestes pormenores. Se eu soubesse que Vasco da Gama chegou à Índia às 15h40 ficaria mais satisfeito? Este ano os miúdos ficam a saber que o 25 de Abril foi a seguir à Páscoa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Páscoa de Abril

Este ano por causa de uma série de factores astronómicos, a Páscoa chega mais tarde e encosta ao 25 de Abril. Costumo vivenciar os 2 períodos distintamente, com curiosidade histórica por ambos. Se pela Páscoa gosto das tradições e pelos documentários sobre a vida no tempo de Cristo, pelo 25 de Abril gosto de conhecer os factos da época, o espírito da altura e como nós portugueses ultrapassámos as dificuldades do fim de uma ditadura e uma descolonização expresso.


Este ano é um mix de sentimentos e vai ser dificil saborear bem os 2, mas penso que a salada de notícias dos últimos dias sobre o FMI, me farão lembrar dos outros assuntos. Enquanto não houver novo governo, vai ser só boatos, falsas notícias e nenhuma decisão. Acalmem-se, comam um pouco de folar e andem com o cravo na lapela. Mais calmos saberemos decidir melhor para o futuro. Para já, soube que temos 3 equipas nas meias finais da Liga Europa. Parece-me um bom sinal para olharmo-nos com mais orgulho.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ver o futuro lembrando o passado

Alguns de nós sentimos às vezes que o que já passou é passado, não tem interesse e que temos de olhar para o futuro. Mas é curioso como por vezes analisando factos do passado, descobrimos o futuro. E aí se torna mais fácil, conhecendo os erros do passado. Estou errado?


Capa do Diário de Lisboa de 18 Julho de 1983. Era muito novinho para perceber o que se passava.

Imagem retirada daqui.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Censos que informam

Este fim de semana preenchi os Censos 2011 na internet, antes que me esquecesse. No dia a seguir vi que tinha cometido um erro ao preencher o questionário sobre a minha filha que tem pouco mais de 1 ano. Quando cheguei às questões sobre se conseguia vestir-se ou tomar banho sozinha, respondi que não e não entendia a questão sobre uma pessoa com tão pouca idade. Disseram-me que devia ter lido as instruções e responder tudo sim nesse questionário. Continuo a não entender porque precisam dessas informações. Mais à frente tive de responder que ela não sabia ler nem escrever. Não seria melhor o questionário estar vedado nessas questões?


Outra informação que não entendi é o pedido dos nomes das pessoas que compôem a família. Querem saber os nomes de toda a população? Procurar laços familiares pelos apelidos? Além de que pedem os números de telemóvel e e-mail. Iremos passar a receber newsletters do INE?
Se calhar sou eu que penso demais, mas continuo a achar estranho. Pelo menos só iremos preencher outro em 2021. Imagino algumas das questões nessa altura:
- Ainda fala e escreve em português corretamente?
- Onde se encontrava às 0h00 do dia 17 de Junho de 2018?

terça-feira, 22 de março de 2011

Gerações ou mentalidades

Ontem enviaram-me um texto do Mia Couto, chamado "Geração à Rasca - A Nossa Culpa". Estranhei que fosse dele, porque não me parecia o estilo e mesmo a postura. Ao final do dia descobri que apenas o nome do escritor foi acrescentado, talvez para dar alguma credibilidade. O texto e suas posições vem daqui.




Li o texto e é mais uma acha à fogueira das gerações. Quem são os culpados? Quem são as vítimas? Tenho lido muitas opiniões sobre o assunto e chego à conclusão que não podemos generalizar. Eu sou um pouco mais velho que a faixa etária que se assume à rasca, mas nestas coisas não se deve ver pelas idades, mas pelas mentalidades. Há em todas as gerações, pessoas que se distinguiram e que continuam a ser exemplos para todos, como também houve e continuará a haver pessoas que não se querem esforçar. É uma discussão que não tem fim e o futuro mais próximo só irá complicar. A descida da taxa da natalidade irá provocar ainda mais desigualdade, menos reformas, muito mais vagas nas faculdades e o desaparecimento dos tios, primos e sobrinhos. Com tanto filho único, teremos as gerações dos amigos. Tios e primos são para as famílias mais ricas e as mais pobres. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

A grande Onda


Na sexta passada, fomos surpreendidos pelas imagens do Japão. Quase em directo, víamos um tsunami a avançar por terra dentro e a provocar toda a destruição que temos assistido. O país ainda passa por várias dificuldades. Até um vulcão entrou em erupção no sul do arquipélago.

Outro dia tinha andado a pesquisar uma xilogravura do mestre japonês Katsushika Hokusai, chamada "Grande Onda de Kanagawa" e que reproduzo em baixo. Uma imagem forte com o Monte Fuji ao centro e os pequenos barcos a resistirem. E agora revejo a imagem nas televisões. Assustadora.


Ainda na sexta, ao final do dia fui cortar o cabelo e o cabeleireiro estava a falar do assunto e juntou umas teorias da conspiração. Contou-me o filme "2012" e de como estes acontecimentos são o início de algo à escala mundial. Fez uma série de ligações com grandes magnatas a prepararem a fuga em cápsulas especiais, o esconder as alterações da Terra da população. A Teoria dele é que o sismo se deveu à perfuração petrollífera a grandes profundidades e o planeta reage a esse desequilíbrio. Quando saí do cabeleireiro tinha a lição toda. Ainda lhe perguntei se os magnatas se safam e o mundo acaba, o que sobra para eles? Iriam ter de reconstruír eles próprios tudo. Ficou sem resposta.

Uma catástrofe como esta arruína qualquer país, mas o Japão tem uma capacidade para se levantar que impressiona. Espero que não piore com os problemas nas centrais nucleares.

Imagem daqui.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Conversas imaginadas 2

Parece que este ano todos sabem o nome do vencedor do Festival da Canção. Não conheço a música, mas tem feito um alvoroço na Net. À nossa maneira, vamos tentando ser um pouco rebeldes e a querer que alguém parta a loiça toda. Andamos enebriados com as revoluções do Magrebe. E alguns tentam que o mesmo aconteça por aqui.

Os "outros" é que ficam sentados e acomodados. "Nós" somos dinâmicos e prontos para revolucionar tudo. Pelo menos nas opiniões. Muito gostamos de conversar e discutir. Será que os tipos vão cantar na Alemanha?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Enchemos o Museu de Arte Antiga!

Os encontros dos Urban Sketchers estão cada vez melhores e com mais adeptos. Foi formidável no passado domingo, com cerca de 160 pessoas inscritas para desenhar no Museu Nacional de Arte Antiga.


Foi feita a chamada para a entrada do museu e aí se dava conta da adesão ao encontro. A partir daí foi percorrer todos os pisos, os jardins, as galerias e desenhar. Fui para o último piso e aproveitei para conhecer alguns segredos dos quadros dos século XV e XVI. Alguns dos quadros foram radiografados e permitiu perceber os esboços e as técnicas dos pintores da altura. Os famosos paineis de S.Vicente têm algumas personagens que foram desenhados com a cara virada para um lado e pintados para o outro. Faz tudo parte do trabalho de enquadramento, de melhoria da composição do quadro. Foi fabuloso ouvir algumas das explicações. Aproveitei para ir desenhando as visitas guiadas e os grupos que ia encontrando.



No fim a troca de impressões, conhecer mais desenhadores por detrás do blogue Urban Sketchers e conhecer alguns diários-gráficos. O tempo ajudou e a soube bem a "festa".

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Conteúdos

A velocidade que a informação assume hoje em dia, deixa-nos exaustos e desorientados. Temos acesso a um pouco de tudo o que se passa e a dificuldade em digerir é maior. Ainda se torna mais difícil discutir os "assuntos do dia" com alguém.


Ainda agora assistia a um debate sobre a situação da Líbia na SIC notícias e lembrei-me que nestes últimos dias já vimos um sismo na Nova Zelândia (imagens chocantes), um homícido de um advogado (incrível como passou na televisão) ou as revoltas na Tunísia e no Egipto. Qualquer um vai pensar que o Mundo enloqueceu, mas trata-se afinal de uma enchente de notícias.
Nos jornais on-line, montes de anónimos opinam sobre tudo, na televisão temos comentadores, debates, especial informação, grandes reportagens todos os dias... Uff. Há que descansar a cabeça e saber filtrar os conteúdos. Merecemos momentos de cabeça vazia para racicionar tudo o que vemos, ouvimos e lemos.

Vi outro dia uma reportagem sobre tecnologias das novas "tabletes". Percebo que há grande ânsia para novos meios de comunicação, mas conseguiremos digerir todas as aplicações, livros, jornais, revistas, imagens e demais conteúdos?
Aproveito as pausas das viagens para observar, ouvir e desenhar o que se passa à volta. Precisamos de momentos de relaxamento mental.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

11 de Fevereiro

Na passada sexta-feira, pudémos assistir a um "25 de Abril" no Egipto. Após 18 dias de protestos, o presidente Mubarak resignou e providenciou uma abertura democrática em 30 anos de poder.
Foi muito interessante acompanhar a emoção das pessoas que estiveram na Praça Tahrir e saborearam um pouco da utopia. Já sabemos que muita coisa se processa nos bastidores da diplomacia, mas é poético ver como uma multidão reage em união.
As televisões buscam essa emoção e os telespectadores querem ver isso como num filme. Quanto mais longe os países, mais bonitas se tornam as cenas. É mais preocupante quando se trata de um país vizinho.


Infelizmente esta emoção de estar a viver uma utopia dura pouco tempo. Depois é voltar à realidade, às perseguições de quem estava a favor do governo, de próximos governos fracos e muitas reacções. Mas vale a pena mudar um pouco. Novas ideias, novas formas de governo.

Por cá, tivémos uma semana de greves e na sexta tive de me socorrer dos barcos do Seixal. Foi um passeio diferente e voltei aos desenhos. Este desenho é anterior e suspeito que a rapariga deu conta que estava a ser desenhada. A pose dela era um pouco estudada.

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