A parte psicológica voltou a vencer a física. A saltadora russa Yelena Isinbayeva, campeã do mundo e olímpica, detentora do record do salto à vara, falhou todos os saltos da prova de ontem. Ela bem chorava e tentava perceber o que havia falhado. Dizia que se sentia a 100% na forma física e mesmo assim o falhanço aconteceu.
Fez-me lembrar a prova da Naide Gomes nas Olimpíadas de 2008. Também não havia conseguido saltar sem pisar no sítio certo, na prova de salto em comprimento.
Fez-me lembrar a prova da Naide Gomes nas Olimpíadas de 2008. Também não havia conseguido saltar sem pisar no sítio certo, na prova de salto em comprimento.
Os resultados só se conseguem com a conciliação de 2 factores, físico e psicológico. Em menor escala também sinto essa diferença nas minhas idas para o ginásio. Há dias que parece que a força e a velocidade ficaram em casa, noutros dias é o contrário. Tem tudo a ver com a cabeça. Uma cabeça a 100% transforma-nos em superherois e conseguimos maiores proezas, à nossa escala, claro.
O maior desafio para a atleta russa será o de ultrapassar este problemas. Os próximos saltos terão de sair melhor de modo a ganhar a confiança. Sem confiança, toda a técnica ficará desajeitada e vai parecer que nem correr bem consegue.
Já o Fernando Mamede ficava com as pernas presas nas provas mais importantes. A pressão psicológica é como um Adamastor na cabeça de um atleta. Sentir milhões a verem cada movimento que o atleta faz.
No domingo vi a prova dos 100m com uma excelente prova de Usain Bolt e aqueles minutos antes da prova eram um desafio aos nervos dos atletas. Não paravam quietos. Anos de trabalho decididos em menos de 10 segundos. É muita pressão para uma pessoa normal. Eles... eles são super-atletas!
Notícia no Público.
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