Ontem estive a ver um documentário que havia gravado na RTP2 sobre o futuro dos livros no mundo. Passando a questão entre livros em papel e livros digitais (o importante é ler, não importa o meio), acho que a preservação dos livros digitais será um dos grandes problemas no futuro. Há quem tenha livros em disketes ou DVD, mas teremos leitores para aceder a essa informação? Há livros em papel com 500 anos.
Outra das questões que surge no documentário é a forma como se lê hoje em dia. Os mais jovens preferem resumos, até nós nos habituamos a ler os cabeçalhos das notícias no telemóvel e acabamos por não ter tempo para leituras mais profundas. Onde arranjamos tempo para grandes obras?
Com tantos meios visuais, como incentivar a leitura de "calhamaços" junto dos adolescentes ou a forma como se pesquisa a informação dependendo todo o mundo dos algoritmos da Google? Outra das questões.
Ainda fiquei a pensar no que gastamos para preservar toda a cultura, todos os livros escritos até hoje. No futuro quem conseguirá separar dessa gigante "massa" de informação o que quer ler?
Poderíamos apenas ler resumos dos clássicos e passar adiante para literaturas mais modernas ou mais leves. Há sempre alguém que espera que façam um filme de algum livro e poder "lê-lo" em 2 horas num ecrân.
Chego ao fim do post com mais perguntas que respostas, mas acho que sempre foi assim. As perguntas são diferentes, mas haverá sempre estas dúvidas.
Boas leituras!
Trailer do documentário aqui.
3 comentários:
Sabe sempre bem ficar num cantinho a ler um livro! Bom desenho.
Eu não dispenso os calhamaços e uso mais tempo a ler do que a desenhar, mas... há sempre um mas. Guardo os livros em papel para casa. Todo o tempo de transporte público aproveito para ler no telemóvel. Há anos que não quero outro suporte. Ah... Mas em casa não dispenso os calhamaços.
Há algo que adoro nos livros que o suporte digital nunca me irá proporcionar: o seu cheiro ao folhear as páginas.
Enviar um comentário