Na Rua de São José volto a subir e fico a desenhar o n.º 118 - um antiquário. Pela hora de almoço, apanho sempre a loja fechada, mas gosto de ver o mix de artigos na montra.
Comecei o desenho no dia anterior e neste dia, na varanda do 1º andar, uma senhora estendia a roupa. Chamou o marido e quando cruzei o olhar com ele, sem dizermos nada, mostrei-lhe o desenho que fazia. Ele pergunta-me para quem era o desenho. Disse que era para mim e mostrei-lhe outro da mesma rua. Não sei se à distância ele conseguia ver algo, mas explicou à mulher a minha resposta. Foi para dentro e a mulher continuou a estender a roupa. Tive pena de não ter desenhado a cara do senhor a espreitar no meio da roupa. No andar de cima a roupa já secava ao sol.
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