Os dias continuam de chuva, mas não me incomodam, porque continuo a desenhar nas viagens diárias que faço. O rio Tejo e as margens ficam escondidas nas janelas embaciadas, mas encontro conforto nas situações, nas poses que as pessoas mantém enquanto bebem um café ou conversam naqueles 15m de travessia Barreiro-Lisboa-Barreiro.
No próximo sábado, há mais um encontro de "urban sketchers", às 15h, no Largo do Carmo em Lisboa. No mesmo dia, realiza-se mais um encontro mundial de desenhadores urbanos, o 26º Sketchcrawl. Peguem num bloco e num lápis ou caneta e apareçam no sábado.
Este inverno parece-me longo. Longo mesmo. Aguardo ansiosamente por um fim-de-semana sem chuva ou vento, para passear até à praia. O tempo de chuva parece interminável. Até as barragens, que são o meu ponto positivo para esta chuva, se encontram cheias. Este fim-de-semana, enquanto almoçava, via as imagens da chuva na Madeira e da destruição provocada. Custou-me a ver aquela água e lama a derrubar tudo o que via pela frente, mas também o facto de ter a televisão a transmitir a chuva durante o dia, sem contar com a que caía na rua.
O terreno onde estaciono o carro diariamente, parece a superfície lunar. Os buracos estão mais fundos e com água. Todas as manhãs faço um mini Dakar. Com um olho no relógio e outro no cuidado para não partir os amortecedores. Até já começamos as ver os carris da linha que ligava há uns 60 anos, o Barreiro ao Seixal. Os carris estavam enterrados, mas esta chuva tem permitido vislumbrar um pouco de história naquelas crateras.
E depois quem consegue fechar o carro, a segurar a mochila, a chave, abrir o chapéu e evitando mais uma cratera de água? E quando são aqueles dias de chuva e vento? São os passeios cheios de cadáveres de chapéus de chuva que cumpriram com a função por umas horas, com as costelas partidas com o vento.
Nesses dias, nada como refrescar a cara e molhar o cabelo. Tudo a correr e com medo de não escorregar. Para quem usa as escadas do Metro, o desporto é radical e é ver tudo a descer com cuidado. Já vi parte do novo pavimento do novo terreiro do paço e promete umas boas escorregadelas em dias de chuva. São umas pedras de mármore tão lisinho. É bom para lavar e escorregar.
Sempre encontramos reflexões cómicas nestes dias de chuva.
Foto de um blogue de viajantes americanos pela Europa. Daqui.
A nova raínha da cozinha, Nigella Lawson, uma inglesa que sabe apelar para os nossos sentidos. Só falta a televisão transmitir os aromas e os cheiros.
Esta inglesa tem uma postura muito descontraída e sensual na cozinha. Faz pratos para jantares de grupos de amigos e torna todo o modo de cozinhar, um gozo para quem está a ver. Até apetece passar lá por casa dela e saborear alguns dos doces que ela faz.
Já via os programas do Jamie Oliver e que nos fazia querer também cozinhar, mas a Nigella, deixa-nos com a água na boca. Ainda por cima tem a descontração de provar com a colher bem cheia.
É essa forma descomplexada, meio exagerada que nos mima a atenção. E nota-se pelo corpo que ela aprecia bem a comida que faz. Não é nada magrinha, mas cativa com um olhar, um falar das receitas, olhando de esguelha para a câmera e quase sem se importar com o que diz. Recomendo.
Ainda por cima, tal como o Jamie Oliver, adora a cozinha italiana. Num dos seus programas, "Nigella bites", ela afirmou que se os franceses dão maior atenção ao cozinheiro, os italianos têm na comida a sua paixão. Na minha opinião, nesta inglesa, a atenção vai para as duas.
Passa na SIC Mulher, mas não sei a que dias. Tenho visto ao fim-de-semana.
Vi esta notícia no jornal i. A revista americana Sports Ilustrated escolheu para a edição fatos de banho de 2010, vários locais do mundo, entre eles, a cidade de Lisboa.
Esta produção faz mais pela divulgação da cidade e do País, que muitas campanhas turísticas nos diversos canais internacionais.
Já tinha lido que Lisboa estava no mapa das principais pontos a visitar em 2010, mas não esperava uma edição de uma revista tão famosa.
Junta-se a bela paisagem a belas fotos de modelos e o resultado será um verão em cheio. Claro que estamos no meio de paisagens da Índia, Chile ou Maldivas, mas alguém há-de fixar o eléctrico amarelo ou a torre de Belém. Na minha opinião, podiam ter ido a locais não tão turísticos, mas é para americano ver.
Por outro lado, sabe muito bem colocar um vídeo como este para esquecer o tempo de chuva e muito frio que está neste fim-de-semana de Carnaval. Podiam ter colocado uma música melhor e não tão aborrecida.
Nasceu mais uma rede social. Esta é do Google para enfrentar o Facebook. Hoje ao final do dia, quando ia ver os mails no Gmail, levei logo com o BUZZ. De acordo com o jornal i o Gmail vai dar lugar ao Google Buzz e assim, obrigatóriamente já estamos inseridos em mais uma rede social. Vamos poder saber onde estão geográficamente os nossos seguidores e eles a nós. O mundo está a ficar pequeno.
Tem sido uma competição pelas redes. Quem ganha os potenciais milhões com os milhões de utilizadores? Até agora tenho gostado muito do Facebook, mais adulto que o hi5, de que nunca fui grande adepto, mas estou curioso nas diferenças que este irá oferecer em relação ao Facebook.
Neste momento quem quer estar à tona dos acontecimentos, tem de estar no Twitter (tenho pouca paciência!), Facebook, ter conta no Gmail, no Linkedin para assuntos profissionais e mais uns quantos de temáticas mais específicas.
Já imaginam a lista de passwords e users que temos de ter na cabeça para fazer o Login a eles todos? Eu voltei a usar agendas em papel para registar todos os acessos e para evitar de ter passwords iguais, mas cada vez fica mais dificíl corrê-los a todos.
Não contando em ser fã de tudo o que é grupo, petições, séries de televisão... Seguidor de centenas de coisas e diáriamente aceitar convites de amizade de amigos de amigos de amigos. Cansa!
Estou a ver o aparecimento de Gestores de redes sociais tal como já fazem os vips e as celebridades. Ainda vai dar que falar, tal como dizem os americanos, buzz.
Apanhei o cartoon daqui, sobre como seriam as redes sociais se fossem personagens.
Por estes dias, andamos nas páginas dos jornais económicos internacionais, com comparações com a Grécia e a Espanha quanto aos problemas de Orçamento e dívida pública.
Há hoje em dia dificuldade em arranjar técnicos, políticos ou economistas que possam fazer alguma coisa por este país? Uma liderança forte e segura que transmita calma e vontade de vencer desafios. Parece muito idealista, mas a Economia baseia-se muito na confiança e nos pensamentos das populações. Há que puxar da psicologia para mudar toda a nossa maneira de pensar que se encontra "sentada no sofá".
Lembro-me sempre do livro "Obélix e Companhia" com lições de Economia e Finanças para as crianças e adultos. Neste livro, Caius Saugrenus, um jovem técnico acaba com a guerra entre os gauleses e ainda enriquece Roma, aproveitando um excelente negócio de venda de menires e todo o marketing envolvente. Delicioso.
Neste página que apresento, Caius procura convencer César, que a riqueza e poder são fontes de decadência. Todos os conselheiros do Imperador, tornaram-se com a idade e as conquistas de terras, de riqueza, num grupo de anafados, pessimistas, moles e inactivos. Esse era o objectivo de Caius ao dar muito dinheiro aos Gauleses em troca de menires. Perdiam a vontade de combater, de criticar ideias feitas e tornavam-se anafados e decadentes. Procurem semelhanças com a realidade.