Este inverno parece-me longo. Longo mesmo. Aguardo ansiosamente por um fim-de-semana sem chuva ou vento, para passear até à praia. O tempo de chuva parece interminável. Até as barragens, que são o meu ponto positivo para esta chuva, se encontram cheias. Este fim-de-semana, enquanto almoçava, via as imagens da chuva na Madeira e da destruição provocada. Custou-me a ver aquela água e lama a derrubar tudo o que via pela frente, mas também o facto de ter a televisão a transmitir a chuva durante o dia, sem contar com a que caía na rua.
O terreno onde estaciono o carro diariamente, parece a superfície lunar. Os buracos estão mais fundos e com água. Todas as manhãs faço um mini Dakar. Com um olho no relógio e outro no cuidado para não partir os amortecedores. Até já começamos as ver os carris da linha que ligava há uns 60 anos, o Barreiro ao Seixal. Os carris estavam enterrados, mas esta chuva tem permitido vislumbrar um pouco de história naquelas crateras.
E depois quem consegue fechar o carro, a segurar a mochila, a chave, abrir o chapéu e evitando mais uma cratera de água? E quando são aqueles dias de chuva e vento? São os passeios cheios de cadáveres de chapéus de chuva que cumpriram com a função por umas horas, com as costelas partidas com o vento.
Nesses dias, nada como refrescar a cara e molhar o cabelo. Tudo a correr e com medo de não escorregar. Para quem usa as escadas do Metro, o desporto é radical e é ver tudo a descer com cuidado. Já vi parte do novo pavimento do novo terreiro do paço e promete umas boas escorregadelas em dias de chuva. São umas pedras de mármore tão lisinho. É bom para lavar e escorregar.
Sempre encontramos reflexões cómicas nestes dias de chuva.
Foto de um blogue de viajantes americanos pela Europa. Daqui.
1 comentário:
Vamos ver se chega para evitar os incêndios (e seca) no Verão.
A nossa gestão dos recursos naturais...
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