sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Passagem de Ano

Outro dia contaram-me uma história sobre uma aldeia em cuja ponte romana se fazia uma competição. Na passagem do ano, os jovens pegavam numa corda e na outra ponta estavam os mais velhos. Simbolizava a luta entre o ano novo e o ano velho. Era mau presságio quando os mais velhos conseguiam puxar os mais novos para o lado deles da ponte. Significava que o ano seguinte seria pior que o ano que terminava.
Gostei do simbolismo da prova, especialmente nos tempos em que havia mais novos nas aldeias e provavelmente ganhava sempre o "Ano Novo".


Hoje em dia, seria mais dificil fazer a mesma prova numa das muitas aldeias que procuram sobreviver com a falta de população. Mas, felizmente aparecem novas tradições para que olhemos para o ano novo sempre com esperança, vontade e com alegria.

Assim, desejo a todos uma boa passagem de ano e que em 2011, o espírito se mantenha jovem em todas as idades. Muitos e bons desenhos!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Assalto aos Aeroportos Europeus

No dia de Natal, vi as imagens de passageiros que dormiam no chão dos aeroportos de Londres. Já é difícil o tempo que perdemos num terminal de voos, mas passar o Natal assim é horrível. Imagino as pessoas a telefonarem para os familiares, a comerem sandes de queijo e a beber cafés de máquina enquanto esperam por um avião que levante voo no meio dos nevões.


Estão sempre a fazer pouco da organização latina dos países candidatos à ajuda do FMI, mas desta vez foram os aeroportos franceses, ingleses e alemães a mostrarem a péssima hospitalidade e organização, numa das quadras de Natal mais frias dos últimos anos. Nem o John McClaine teria um tratamento tão mau no filme "Assalto ao Aeroporto".
A realidade ultrapassa a ficção e sem o uso de armas, temos centenas de aviões parados, "reféns" a comer sandes e no chão, as autoridades impotentes face às exigências da neve e do gelo e sem autocarros ou comboios para evacuar as pessoas.

Se os invernos continuarem a ser mais frios, optem pelo Natal no dia do nascimento de Jesus, que seria a 17 de Abril, conforme vi num documentário. E ainda por cima 6 anos antes. Assim, estaríamos em 2016 e provavelmente livres da crise, mas isto são outras loucuras.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Desenhos de todos os dias #5

Este desenho foi feito na estação fluvial do Barreiro num dia de muito nevoeiro. Os horários ficaram todos alterados e não restava mais nada senão esperar.
 

Tudo à espera de ver a imagem do Ferry a chegar, qual D. Sebastião. Ao pé de mim jogava-se às cartas, lia-se revistas ou avisos de atraso pelo telemóvel. Algumas queixas para o ar, mas o pessoal manteve a serenidade.
Foi uma meia hora à espera e aproveitei para desenhar um pouco.

O Inverno complica as viagens com o tempo de chuva ou o nevoeiro. Felizmente o metro mantém-se quente e rápido, mas para a travessia do Tejo, há que confiar nos radares e na experiência dos mestres.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Falta açúcar no meu café

Têm sido uns dias doces a falar da falta do açúcar nos supermecados. E as notícias a assustar sobre o máximo de pacotes que cada cliente pode comprar. Ainda hoje ouvi no telejornal, a dona de uma mercearia a comentar sobre uma cliente que mensalmente leva 3 kgs de açúcar e que hoje teria levado 10 quilos! Depois da especulação dos mercado financeiros, da subida do gasóleo (Tá caro!), agora há pessoal a comprar muito para depois... vender? Vender mais caro às pastelarias?


Imaginar um futuro com os tipo no Bairro Alto a venderem haxe de um lado e no outro uns pacotinhos de açúcar.
Por um lado, até era bom que o açúcar escasseasse. Já viram as toneladas que colocam em cima dos bolos-rei para pesarem mais. E aqueles bolos com recheio de ovo com mais uns pós daquele açúcar branco, que só faz é sujar as roupas e espirrar quando os trincamos.

Mas os media adoram estas notícias com aspecto insólito. "Falta açúcar para o Natal" ou "Já só podem levar 3 pacotes". Eu sou muito guloso e em casa ainda tenho meio pacote de quilo com 1 ano. Temos nos habituar a menos doce nas sobremesas. E também nos cafés. Cada vez que peço um, acompanham sempre com 2 pacotinhos - eu ponho meio.
A vida deve estar muito amarga para exagerarmos no açúcar. Ponham mel no café!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desenhos de todos os dias #4

Mais um desenho feito ao final do dia. Os dias curtos dão outro ambiente na volta do trabalho. Não se vê o Tejo, a noite está a fazer reflexos nas janelas. O frio e alguma chuva dificultam o acto de desenhar. O casaco e a roupa extra atrapalham os movimentos, mas há sempre alguma coisa a surgir no papel.


Apetece mais a leitura. Tenho comprado a Courrier Internacional. As reportagens de diversos jornais estrangeiros, que a revista traduz,  dão uma visão mais global de assuntos que nos passam ao lado diáriamente. Ainda só li um artigo, este mês,  sobre a chamada "Geração Y" (nascida em 1980 e 2000).
No mês passado gostei dum artigo sobre o envelhecimento da Europa e a função do líder da Líbia em filtrar a entrada de emigrantes africanos. Evitando a entrada de milhares na "fortaleza europeia". Em troca pede uns milhões. Tudo artigos que nos fazem pensar. Mas não deixo de desenhar de vez em quando nestas travessias diárias.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Num dia separados e no outro juntos.

Ontem foi feriado nacional, o 1º de Dezembro. Uma homenagem aos nobres que em 1640, se revoltaram contra o governo do Filipe IV de Espanha. A partir dessa data deixámos de estar integrados no império espanhol. Para nos lembrarmos dessa separação e da independência que tanto apreciamos, anualmente, festejamos este dia com as compras de Natal e uma ponte se o feriado fôr à quinta-feira. Poucos devem pensar no significado do dia, mas como é feriado, tudo bem.



Hoje, dia 2 de Dezembro, os primeiros-ministros de Portugal e Espanha, estão juntos em Zurique para mostrar como somos 2 países amigos e capazes de realizar um evento mundial. Curioso como no dia a seguir a homenagearmos os dissidentes, estamos ansiosos para que os nossos dois países sejam os vencedores da escolha da organização do Mundial de Futebol de 2018.
Tantos séculos depois da imagem que temos de Espanha, cada vez mais nos viramos para eles para conseguir alguma presença a nível mundial. Em tempos de crise, há quem pense em juntar esforços para uma União Ibérica, outros pensam que nos safamos melhor sozinhos e mais pequenos. Veremos o que nos reserva o futuro e o qual o motivo para termos TGV para Madrid. Ainda há razão para comemorar o 1º de Dezembro?

Logotipo daqui.
Mais informação sobre os outros candidatos aos mundiais de 2018 e 2022.

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