quarta-feira, 30 de março de 2011

Censos que informam

Este fim de semana preenchi os Censos 2011 na internet, antes que me esquecesse. No dia a seguir vi que tinha cometido um erro ao preencher o questionário sobre a minha filha que tem pouco mais de 1 ano. Quando cheguei às questões sobre se conseguia vestir-se ou tomar banho sozinha, respondi que não e não entendia a questão sobre uma pessoa com tão pouca idade. Disseram-me que devia ter lido as instruções e responder tudo sim nesse questionário. Continuo a não entender porque precisam dessas informações. Mais à frente tive de responder que ela não sabia ler nem escrever. Não seria melhor o questionário estar vedado nessas questões?


Outra informação que não entendi é o pedido dos nomes das pessoas que compôem a família. Querem saber os nomes de toda a população? Procurar laços familiares pelos apelidos? Além de que pedem os números de telemóvel e e-mail. Iremos passar a receber newsletters do INE?
Se calhar sou eu que penso demais, mas continuo a achar estranho. Pelo menos só iremos preencher outro em 2021. Imagino algumas das questões nessa altura:
- Ainda fala e escreve em português corretamente?
- Onde se encontrava às 0h00 do dia 17 de Junho de 2018?

terça-feira, 22 de março de 2011

Gerações ou mentalidades

Ontem enviaram-me um texto do Mia Couto, chamado "Geração à Rasca - A Nossa Culpa". Estranhei que fosse dele, porque não me parecia o estilo e mesmo a postura. Ao final do dia descobri que apenas o nome do escritor foi acrescentado, talvez para dar alguma credibilidade. O texto e suas posições vem daqui.




Li o texto e é mais uma acha à fogueira das gerações. Quem são os culpados? Quem são as vítimas? Tenho lido muitas opiniões sobre o assunto e chego à conclusão que não podemos generalizar. Eu sou um pouco mais velho que a faixa etária que se assume à rasca, mas nestas coisas não se deve ver pelas idades, mas pelas mentalidades. Há em todas as gerações, pessoas que se distinguiram e que continuam a ser exemplos para todos, como também houve e continuará a haver pessoas que não se querem esforçar. É uma discussão que não tem fim e o futuro mais próximo só irá complicar. A descida da taxa da natalidade irá provocar ainda mais desigualdade, menos reformas, muito mais vagas nas faculdades e o desaparecimento dos tios, primos e sobrinhos. Com tanto filho único, teremos as gerações dos amigos. Tios e primos são para as famílias mais ricas e as mais pobres. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

A grande Onda


Na sexta passada, fomos surpreendidos pelas imagens do Japão. Quase em directo, víamos um tsunami a avançar por terra dentro e a provocar toda a destruição que temos assistido. O país ainda passa por várias dificuldades. Até um vulcão entrou em erupção no sul do arquipélago.

Outro dia tinha andado a pesquisar uma xilogravura do mestre japonês Katsushika Hokusai, chamada "Grande Onda de Kanagawa" e que reproduzo em baixo. Uma imagem forte com o Monte Fuji ao centro e os pequenos barcos a resistirem. E agora revejo a imagem nas televisões. Assustadora.


Ainda na sexta, ao final do dia fui cortar o cabelo e o cabeleireiro estava a falar do assunto e juntou umas teorias da conspiração. Contou-me o filme "2012" e de como estes acontecimentos são o início de algo à escala mundial. Fez uma série de ligações com grandes magnatas a prepararem a fuga em cápsulas especiais, o esconder as alterações da Terra da população. A Teoria dele é que o sismo se deveu à perfuração petrollífera a grandes profundidades e o planeta reage a esse desequilíbrio. Quando saí do cabeleireiro tinha a lição toda. Ainda lhe perguntei se os magnatas se safam e o mundo acaba, o que sobra para eles? Iriam ter de reconstruír eles próprios tudo. Ficou sem resposta.

Uma catástrofe como esta arruína qualquer país, mas o Japão tem uma capacidade para se levantar que impressiona. Espero que não piore com os problemas nas centrais nucleares.

Imagem daqui.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Conversas imaginadas 2

Parece que este ano todos sabem o nome do vencedor do Festival da Canção. Não conheço a música, mas tem feito um alvoroço na Net. À nossa maneira, vamos tentando ser um pouco rebeldes e a querer que alguém parta a loiça toda. Andamos enebriados com as revoluções do Magrebe. E alguns tentam que o mesmo aconteça por aqui.

Os "outros" é que ficam sentados e acomodados. "Nós" somos dinâmicos e prontos para revolucionar tudo. Pelo menos nas opiniões. Muito gostamos de conversar e discutir. Será que os tipos vão cantar na Alemanha?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Enchemos o Museu de Arte Antiga!

Os encontros dos Urban Sketchers estão cada vez melhores e com mais adeptos. Foi formidável no passado domingo, com cerca de 160 pessoas inscritas para desenhar no Museu Nacional de Arte Antiga.


Foi feita a chamada para a entrada do museu e aí se dava conta da adesão ao encontro. A partir daí foi percorrer todos os pisos, os jardins, as galerias e desenhar. Fui para o último piso e aproveitei para conhecer alguns segredos dos quadros dos século XV e XVI. Alguns dos quadros foram radiografados e permitiu perceber os esboços e as técnicas dos pintores da altura. Os famosos paineis de S.Vicente têm algumas personagens que foram desenhados com a cara virada para um lado e pintados para o outro. Faz tudo parte do trabalho de enquadramento, de melhoria da composição do quadro. Foi fabuloso ouvir algumas das explicações. Aproveitei para ir desenhando as visitas guiadas e os grupos que ia encontrando.



No fim a troca de impressões, conhecer mais desenhadores por detrás do blogue Urban Sketchers e conhecer alguns diários-gráficos. O tempo ajudou e a soube bem a "festa".

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