quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Futuro do Património do Passado



Estive a ler uma notícia do Público sobre a descoberta de um Baptistério Paleocristão em Mértola. Mais uma descoberta importante numa vila que é um exemplo de valorização do património em benefício da terra. Tem o Festival Islâmico de 2 em 2 anos que é um sucesso. São exemplos destes que devíamos aplicar noutras terras que têm património, mas que não está dísponível para o turismo e para usos culturais.

Casos como a Torre velha de S. Sebastião da Caparica que fica de frente para Lisboa, que faz parelha com a Torre de Belém e no entanto está toda degradada. 
Outro exemplo e que vejo diáriamente é de um edífico que fica na Baixa Lisboeta, perto da rua da Madalena e a caminho da Sé. Dentro do edíficio estão as ruínas das Termas romanas dos Cássios, com materiais de construção e sem acesso ao visitante. É lamentável que estes casos com potencial cultural e financeiro não sejam aproveitados. 
Vejo casos em Inglaterra com milhões de visitas aos principais museus e de tudo fazem uma atração que patrocina mais projectos e investimento.
Itália é outro país que vive muito da história e da arte. Incrível como tantos visitam a "varanda da Julieta" em Verona e trata-se apenas de uma personagem fictícia de uma peça de Shakespeare. Mas a cidade soube valorizar o facto e o turismo compensa.

Podem-se fazer mais hoteis e restaurantes, mas se não houver nada para se ver não vale a pena vir. A questão, acho, não é tanto financeira mas de união de esforços entre diversas entidades, criar itinerários, promover um conjunto que puxe tudo para uma ideia. Pensamos em cidades portuguesas, mas tudo em separado - Gastronomia, Pintura, desportos radicais, caminhadas...

Há muito trabalho a fazer. Começa agora.

Desenho: Pousada de São Filipe em Setúbal, antiga fortaleza do século XVII.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Deixaremos de saber escrever à mão?


Ontem estive a ler mais um post do blog "Horas Extraordinárias" sobre o facto de estarmos a deixar de escrever à mão e teclarmos muito mais para comunicar. Quando em conversa perguntamos a alguém há quanto tempo não escreve com papel e caneta, normalmente faz um esforço para recordar. 
Já não escrevemos em agendas, nos blocos de notas ou no trabalho. Tudo é por e-mail ou word, ainda por cima com corrector ortográfico. 
Há quem afirme que melhora a compreensão das palavras e da memória, quando se escreve à mão. Concordo, mas há sempre desvantagens quando temos de ler a mensagem de alguém que tem uma letra horrível ou como dantes para saber o nome dos medicamentos nas receitas dos médicos.
Eu ainda escrevo à mão apontamentos no trabalho e mesmo nos desenhos, mas faço-o com a LETRA DE FORMA. Escrevo muito pouco com a  letra de escola ou cursiva, tal como se aprende na caligrafia. Não sei como se faz nas escolas actualmente, mas se até eu deixei de o fazer, calculo que serão poucos a aprender quando há tanta tecnologia.
A grande vantagem da letra de forma é que se consegue ler por todos, fica mais atraente para quem tem má caligrafia e parece sempre como chamada de atenção. Poderá estar em extinção a escrita cursiva. Até nós temos dificuldade em ler o que escrevemos nos nossos cadernos de escola, mais tarde deixaremos de identificar aquelas maiúsculas bonitas e mesmo conseguir ler cartas antigas.

Quando estava a fazer este desenho, uma senhora de robe veio ter comigo a perguntar se era desta vez que iriam arranjar melhor as bases de cimento que impedem o estacionamento e que eu até as desenhei. Disse-lhe que só estava a desenhar que não era da Câmara de Lisboa. Seguiu continuando a queixar-se baixinho.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Coral Públia Hortênsia no Barreiro


Ontem tive a oportunidade de ouvir o Coral Públia Hortênsia na Igreja da Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. No âmbito dos concertos de Natal, foi maravilhoso ouvir aquelas vozes com a acústica da Igreja. Uma excelente iniciativa que encheu todo o espaço e ainda com acompanhamento do órgão pela organista Célia Sousa Tavares..
Estava na última fila a desenhar enquanto ouvia e quase a terminar senti a presença de alguém logo atrás. Habituado a ter pessoas a ver-me desenhar, fiquei surpreendido por ser o Padre da paróquia que logo me apertou a mão e me deu os parabéns.
À saída, canções das Janeiras. Este desenho fica-me na memória e no ouvido.

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