Ontem estive a
ler mais um post do blog "Horas Extraordinárias" sobre o facto de
estarmos a deixar de escrever à mão e teclarmos muito mais para comunicar.
Quando em conversa perguntamos a alguém há quanto tempo não escreve com papel e caneta,
normalmente faz um esforço para recordar.
Já não escrevemos em agendas, nos
blocos de notas ou no trabalho. Tudo é por e-mail ou word, ainda por cima com
corrector ortográfico.
Há quem afirme que melhora a compreensão das palavras e
da memória, quando se escreve à mão. Concordo, mas há sempre desvantagens
quando temos de ler a mensagem de alguém que tem uma letra horrível ou como
dantes para saber o nome dos medicamentos nas receitas dos médicos.
Eu ainda escrevo
à mão apontamentos no trabalho e mesmo nos desenhos, mas faço-o com a LETRA DE FORMA. Escrevo muito pouco com a letra de escola ou cursiva, tal como se aprende na caligrafia. Não sei como se faz
nas escolas actualmente, mas se até eu deixei de o fazer, calculo que serão
poucos a aprender quando há tanta tecnologia.
A grande vantagem
da letra de forma é que se consegue ler por todos, fica mais atraente para quem
tem má caligrafia e parece sempre como chamada de atenção. Poderá estar em
extinção a escrita cursiva. Até nós temos dificuldade em ler o que escrevemos
nos nossos cadernos de escola, mais tarde deixaremos de identificar aquelas maiúsculas
bonitas e mesmo conseguir ler cartas antigas.
Quando estava a
fazer este desenho, uma senhora de robe veio ter comigo a perguntar se era desta
vez que iriam arranjar melhor as bases de cimento que impedem o estacionamento
e que eu até as desenhei. Disse-lhe que só estava a desenhar que não era da
Câmara de Lisboa. Seguiu continuando a queixar-se baixinho.
2 comentários:
Curioso o teu encontro com a senhora. Recordo-me de também estar a desenhar uma vez no Barreiro e de virem ter comigo com perguntas do género, por acharem que pertencia à câmara municipal.
Mas será que os empregados da CM andam com cadernos a tirar notas?
Acontece-me de vez em quando. Pensam sempre que sou funcionário a trabalhar. Uma vez a tirar fotos de um graffiti num muro, um senhor veio falar comigo como se fosse da área cultural da Câmara. Por acaso, do Barreiro.
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