Estive a ler uma
notícia do Público sobre a descoberta de um Baptistério Paleocristão em
Mértola. Mais uma descoberta importante numa vila que é um exemplo de
valorização do património em benefício da terra. Tem o Festival Islâmico de 2
em 2 anos que é um sucesso. São exemplos destes que devíamos aplicar noutras
terras que têm património, mas que não está dísponível para o turismo e para
usos culturais.
Casos como a
Torre velha de S. Sebastião da Caparica que fica de frente para Lisboa, que faz
parelha com a Torre de Belém e no entanto está toda degradada.
Outro exemplo e
que vejo diáriamente é de um edífico que fica na Baixa Lisboeta, perto da rua da
Madalena e a caminho da Sé. Dentro do edíficio estão as ruínas das Termas romanas dos Cássios, com materiais de construção e sem acesso ao visitante. É lamentável
que estes casos com potencial cultural e financeiro não sejam aproveitados.
Vejo
casos em Inglaterra com milhões de visitas aos principais museus e de tudo
fazem uma atração que patrocina mais projectos e investimento.
Itália é outro
país que vive muito da história e da arte. Incrível como tantos visitam a
"varanda da Julieta" em Verona e trata-se apenas de uma personagem fictícia de
uma peça de Shakespeare. Mas a cidade soube valorizar o facto e o turismo
compensa.
Podem-se fazer
mais hoteis e restaurantes, mas se não houver nada para se ver não vale a pena
vir. A questão, acho, não é tanto financeira mas de união de esforços entre
diversas entidades, criar itinerários, promover um conjunto que puxe tudo para
uma ideia. Pensamos em cidades portuguesas, mas tudo em separado - Gastronomia,
Pintura, desportos radicais, caminhadas...
Há muito trabalho
a fazer. Começa agora.
Desenho: Pousada de São Filipe em Setúbal, antiga fortaleza do século XVII.
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