Foi publicado no Fugas deste sábado, um texto que havia enviado sobre uma viagem à região de Nápoles.
"Herculano, Itália.
A máquina do tempo junto ao Vesúvio.
Nos dias de hoje, há regiões que nos transportam no tempo. Uma dessas é a Campânia, no sul de Itália. Passei uma semana a visitar Nápoles e as cidades históricas junto ao Vesúvio, o enorme vulcão.
Saíndo de Nápoles, o passeio é feito por comboio pela linha regional circumvesuviana que circunda a base do vulcão. A viagem vai ao longo da baía. Saí na estação de Herculano e apanhei uma das carrinhas que fazem a subida à cratera. A condução é característica de Nápoles, intimidante até para quem esteja habituado ao nosso trânsito.
Os últimos metros são feitos a pé num trilho de cinza solta que leva algum tempo, mesmo para quem esteja em boa forma. As pausas para respirar fundo são aproveitadas para admirar a grande cidade de Nápoles mais a norte.
No alto da cratera, que ainda é bem funda e com algum fumo a saír de lá, observo a região até ao Sorrento. A grande erupção em 24 de Agosto de 79 d.c. subterrou as cidades de Pompeia e de Herculano. Conservou para sempre um modo de vida e que para nós ficou uma autêntica máquina do tempo.
Da visita a esta paisagem vulcânica, vim carregado de cinza nas botas, que acabei por limpar ao almoço numa típica pizzaria. O calor era muito, mas a etapa seguinte prometia o regresso aos dias da erupção.Atravessando uma ponte que faz a ligação à entrada do antigo cais de embarque, vejo de cima as ruas calcetadas. Impressiona ver o cais onde descobriram um barco que não escapou à fuga. Onde as ondas batiam, agora é um buraco enorme, fruto da escavação de toneladas de lava e rocha. A linha da costa fica a uns 500 metros agora.
A hora escolhida para passeio é excelente para evitar muitos turistas, mas dificil de aguentar o calor. Os locais mais agradáveis são os balneários públicos. Os mosaicos, os frescos são um prazer para quem gosta de ver escavações romanas. As cores dos desenhos nas paredes e imaginar o dia-a-dia nestes balneários, as horas de relaxamento ao final daqueles dias de Verão.
Villas, tabernas, os esgotos e alguma canalização estão de tal maneira preservados que quase pedimos permissão para entrar nas casas.
Herculano teve uma sorte diferente de Pompeia. A lava e as lamas queimaram a cidade. Pompeia por outro lado foi subterrada pelas cinzas do Vesúvio que a deixaram com mais vestígios, inclusive corpos humanos. Não sendo tão conhecida como Pompeia, esta cidade vale a pena visitar em complemento com a volta pela cratera do vulcão - e claro a grande cidade de Nápoles que merece uns dias e um livro para a descrever. "
A máquina do tempo junto ao Vesúvio.
Nos dias de hoje, há regiões que nos transportam no tempo. Uma dessas é a Campânia, no sul de Itália. Passei uma semana a visitar Nápoles e as cidades históricas junto ao Vesúvio, o enorme vulcão.
Saíndo de Nápoles, o passeio é feito por comboio pela linha regional circumvesuviana que circunda a base do vulcão. A viagem vai ao longo da baía. Saí na estação de Herculano e apanhei uma das carrinhas que fazem a subida à cratera. A condução é característica de Nápoles, intimidante até para quem esteja habituado ao nosso trânsito.
Os últimos metros são feitos a pé num trilho de cinza solta que leva algum tempo, mesmo para quem esteja em boa forma. As pausas para respirar fundo são aproveitadas para admirar a grande cidade de Nápoles mais a norte.
No alto da cratera, que ainda é bem funda e com algum fumo a saír de lá, observo a região até ao Sorrento. A grande erupção em 24 de Agosto de 79 d.c. subterrou as cidades de Pompeia e de Herculano. Conservou para sempre um modo de vida e que para nós ficou uma autêntica máquina do tempo.
Da visita a esta paisagem vulcânica, vim carregado de cinza nas botas, que acabei por limpar ao almoço numa típica pizzaria. O calor era muito, mas a etapa seguinte prometia o regresso aos dias da erupção.Atravessando uma ponte que faz a ligação à entrada do antigo cais de embarque, vejo de cima as ruas calcetadas. Impressiona ver o cais onde descobriram um barco que não escapou à fuga. Onde as ondas batiam, agora é um buraco enorme, fruto da escavação de toneladas de lava e rocha. A linha da costa fica a uns 500 metros agora.
A hora escolhida para passeio é excelente para evitar muitos turistas, mas dificil de aguentar o calor. Os locais mais agradáveis são os balneários públicos. Os mosaicos, os frescos são um prazer para quem gosta de ver escavações romanas. As cores dos desenhos nas paredes e imaginar o dia-a-dia nestes balneários, as horas de relaxamento ao final daqueles dias de Verão.
Villas, tabernas, os esgotos e alguma canalização estão de tal maneira preservados que quase pedimos permissão para entrar nas casas.
Herculano teve uma sorte diferente de Pompeia. A lava e as lamas queimaram a cidade. Pompeia por outro lado foi subterrada pelas cinzas do Vesúvio que a deixaram com mais vestígios, inclusive corpos humanos. Não sendo tão conhecida como Pompeia, esta cidade vale a pena visitar em complemento com a volta pela cratera do vulcão - e claro a grande cidade de Nápoles que merece uns dias e um livro para a descrever. "
1 comentário:
Já estive a ler no Fugas tb que compro religiosamente todos os sábados...
Escreves mto bem, e á sempre bom viajar através dos olhos que de quem lá foi, e esta zona é uma zona que me interessava particulmente em Itália, o Sul, e o Vulcão e Pompeia, deve ser tudo mto interessante. :-)
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