Mais uma distração numa das viagens de barco Lisboa-Barreiro. O desenho da direita acabou por ser imaginado, pois apenas tinha feito a cabeça da rapariga sentada.
Da esquerda, as mulheres estavam perto de mim e a postura era mesmo esta, menos a cabeçorra.
É sempre difícil saber o que fazer de um desenho, especialmente de pessoas, que não conseguimos terminar. Quantos pés, cabeças e mãos ficavam sozinhas no caderno e acabava muitas vezes por completar com outra pessoa. Se uma das técnicas é desenhar logo o que se mexe mais, como as mãos, o que poderemos fazer quando se coloca alguém entre nós e o objecto. Acelerar o desenho definitivamente.
Ficam sempre alguns truques na nossa cabeça que não se revelam no papel. E isso é o mais importante. Se uma mulher tinha saia ou calças, depende do momento em que terminarmos o desenho, mas só nós sabemos o que era na realidade.
E ficaram as pobres mulheres no ar sem as respectivas cadeiras...