Ontem, toda a comunicação social estava concentrada na votação dos projectos de lei, na Assembleia da República, para a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Concordo com a opção que permite a uma minoria ter acesso à liberdade de escolha entre casar e não casar. Os heterossexuais também podem ou não casar, porque não estender essa opção a todos?
A minha chamada de atenção vai principalmente para os excessos nas rádios e nas televisões, sobre um assunto que está assumido por cada um de nós e que acabamos por enjoar as múltiplas opiniões que surgem por todo o lado, e que muitas vezes só faz descer o nível de linguagem. Há muitos mais assuntos que nos preocupam actualmente e que não são referidos. Infelizmente, há muita gente para quem este assunto passa ao lado e que apenas procuram sobreviver no dia-a-dia. A mim, deu-me para desenhar sobre o assunto.
Se a opção do referendo fosse para a frente seria uma frustação para quem teve a ideia e uma chatice para muitos que não iriam pôr os pés no dia da votação. Recordo bem a minha votação bem solitária numa escola, no primeiro referendo sobre o aborto.
Falta muita, mas mesmo muita informação e formação para os portugueses poderem discutir assuntos tão sérios e que não podem ser atirados para a rua levianamente. Gosto sempre daquela expressão que surge sobre "fazer um grande debate nacional" e adiar ainda mais para o futuro, decisões que outros países já tomaram e que podemos ver os resultados.
Que tal reflectirmos sobre o que queremos para o futuro, a nível individual e comunitária. O que podemos fazer para melhorar a vida de todos nós.
Começo o ano com reflexões. É a melhor maneira de afinar os pensamentos e começarmos a trocar ideias boas.
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