quarta-feira, 21 de abril de 2010

De comboio, de autocarro, de táxi...

Impressionante como nos últimos dias, a Europa voltou ao século XIX, em termos de transportes. De um momento para o outro, uma nuvem vulcânica vem pôr à prova as fragilidades dos transportes actuais.
Pode ser uma amostra do que poderá ser um futuro sem combustível para os aviões.

Mas tem sido interessante a criatividade e o engenho, que tal como no ditado é aguçado pela necessidade. Pessoas que alugam táxis, pedem para ir de pé nos comboios, fazem dezenas de horas em autocarros pela Europa, tal como o fez a comitiva do Presidente da República, vinda de Praga e que deu notícia, todo o fim-de-semana.

O comboio está a ser o transporte preferido, primeiro porque é mais barato e mais rápido. Mas também tem limite e as viagens vão esgotando de lugares, tal como refere no Público. Na CP devem estar a pensar aonde desencantar mais comboios.
É também um quebra-cabeças, para os viajantes que fazem contas ao dinheiro, horários e mudanças de troços para chegar do ponto A ao B. Ou ainda passar em C, D, J ou W, para chegar a B.

Se a situação piorar, teremos grupos a pé a atravessar fronteiras, como faziam as legiões romanas em deslocação para as batalhas.
Tal como diz George Steiner no livro A ideia de Europa, " a paisagem a uma escala humana que possibilita a sua travessia" e que "A cadência e a sequência do pensamento e sensibilidades europeus são, pedestres"

Quanto a mim, prefiro o comboio. O melhor transporte para viajar. Já fiz um périplo por Itália que recomendo, mas sem a pressão da nuvem islandesa.

Não sei se o mapa está actualizado, mas pode ser consultado aqui.

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