sexta-feira, 4 de julho de 2008

Guerra Psicológica

Li hoje no semanário SEXTA, uma notícia sobre a utilização de anti-depressivos em acções militares do Iraque e do Afeganistão, por parte das forças americanas. Acho que não deverá ser grande novidade, pois sempre se utilizaram drogas para cortar o efeito do medo e do pânico.
Mas, agora a utilização é generalizada aos militares que se encontram nas frentes de combate de modo a mantê-los calmos. O uso geral deste medicamentos poderá também anestesiar uma defesa que o nosso corpo possui. O medo e o nervoso que nos permite estar mais alerta, são desta maneira anestesiados e um militar estará mais descontraído e relaxado em momentos de tensão, facilitando o perigo de ser ferido ou morto.
Se na sociedade, estes anti-depressivos já são muito utilizados, porque não estender às situações de tensão extrema? Às vezes penso como será o nosso mundo daqui a 100 anos. Com todos estes desafios que colocam a nossa cabeça em situações limite, não sei se os humanos do futuro serão mais paranóicos, mais ansiosos com a velocidade em que tudo parece correr. A aquisição de novos conhecimentos, a quantidade de oferta de produtos e tecnologia, poderão criar um homem mais inteligente, mas também com um cérebro mais confuso.
As armas de guerra cada vez são mais as psicológicas e menos bélicas. Imaginar tropas em pânico no meio de desertos ou na selva é perder um conjunto válido de homens e mulheres em situações de guerra e de paz. Vemos hoje em dia o estado de saúde mental dos que voltam das guerras e que depois parecem seres de outro planeta, quando regressam à vida "normal".

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