Um dos portugueses mais conhecidos no mundo, o lisboeta Oliveira de Figueira, personagem do Tintim, criação de Hergé.
Uma das personagens que mais gosto na B.D. Consegue fazer um retrato de um tipo de português que corre o mundo, integrando-se, adaptando-se aos costumes dos povos. É uma personagem que vemos instalado no Khemed, um país fictício do médio oriente, do livro "No País do Ouro Negro". Repete a sua presença nesse país, noutro livro "Carvão no Porão".
Fala a língua local, veste-se como árabe e procura abastecer a comunidade de produtos que o povo pode não necessitar, mas com este grande vendedor, eles compram de tudo.
Este emigrante é tão bem retratado. Tem sempre um rosé de Portugal para oferecer aos amigos, como qualquer emigrante que se mantém agarrado às suas raízes. Este espírito, o estilo bonacheirão, a faceta de contar histórias inventadas para entreter os clientes, o facto de saber de muitas informações sussurradas sobre acontecimentos, pessoas e locais.
A forma como algumas das nossas maneiras de ser lusitanas, transparecem tão bem nesta personagem, colocam para mim este Sr. Oliveira na galeria de grandes personagens de sempre.
E como hospitaleiro que é e solidário com os amigos em apuros, é sempre um embaixador da nossa terra em todos os aspectos, bons ou maus. Os Sr. Oliveira há-de continuar a entreter inúmeros leitores e servir de comparação para personagens nossos da política, da economia e da sociedade em geral.
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