sexta-feira, 25 de julho de 2008

Olimpíadas e as Cidades

Tenho visto nas notícias, as dificuldades que a China está a enfrentar para que tudo corra bem em Agosto, nos Jogos Olímpicos. Já nem falando da política e dos direitos humanos, a cidade de Beijing enfrenta um grave problema - a poluição!
Da imagem de alguns anos com milhares de bicicletas, a cidade, hoje em dia é atravessada por milhares de carros, novas fábricas, a construção de centrais eléctricas utilizando o carvão e a construção de mais urbanizações como acontece nas principais cidades chinesas.
As Olimpíadas vão passando por todos os continentes de 4 em 4 anos e a Ásia, neste caso a China quis mostrar as suas capacidades de organização do maior evento desportivo que existe no mundo. O evento é tão dispendioso que só grandes cidades se candidatam e conseguem, como o caso de Beijing e de Londres, onde serão feitos os Jogos de 2012.
Como grandes cidades que são, os problemas são equivalentes. A segurança, o tráfego, a logística e um ambiente propício a grandes marcas e recordes.
Com um ambiente tão massacrado como são o destas cidades, os atletas terão algumas dificuldades em conseguir grandes marcas. Imaginemos o esforço de um maratonista a puxar do fôlego nas ruas de Beijing e a respirar todo o ar poluído.
Algumas medidas como diminuir o tráfego, parar fábricas e a construção poderão atenuar alguns dos efeitos piores da poluição, mas acabados os Jogos volta tudo de novo ou ainda pior.
E as estruturas que ficam, serão novamente utilizadas numa cidade que não é das mais saudáveis para a prática desportiva?
Não esquecendo a cidade de Londres com os seus nevoeiros de fumo, que me 2012 ainda serão mais intensos.
Qual a solução para os Jogos Olímpicos do futuro? Fazê-los em cidades mais pequenas? Fazer sempre nas mesmas, para evitar novos gastos astronómicos com equipamentos desportivos? Há necessidade de tantos estádios olímpicos?
O comum dos cidadãos precisa de locais para praticar desporto, mas não todos concentrados em alguma parte da cidade. Talvez seja altura de se unirem alguns países, de modo a dividirem as despesas e mais população beneficiar das estruturas.
Há que rever o caso dos jogos de Atenas e as suas despesas num país com tantas dificuldades.
Ou no caso português, o estádio do Algarve e a sua utilização diária por ninguém.

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